A cidade chinesa de Wuhan, considerada o epicentro da epidemia do coronavírus, construirá um segundo hospital em duas semanas para tratar os pacientes infectados, segundo a AFP. As informações foram divulgadas por um veículo estatal chinês.
O novo centro, de acordo com a agência, terá 1.300 leitos, que se somarão aos outros 1.000 de um primeiro hospital de emergência, cuja construção em 10 dias foi anunciada nesta sexta (24) —a previsão é de que seja inaugurado em 3 de fevereiro.
Até a manhã deste sábado (25), 41 pessoas morreram na China por causa do coronavírus e mais de mil foram infectadas.
A França confirmou nesta sexta (24) três casos de infecção por coronavírus, os primeiros na Europa. Dois pacientes foram hospitalizados em Paris e um em Bordeaux.
Outros países com casos de infecção confirmados são Austrália, Estados Unidos, Coreia do Sul, Hong Kong, Japão, Macau, Malásia, Nepal, Singapura, Tailândia, Taiwan e Vietnã.
Não há casos confirmados no Brasil. O Ministério da Saúde diz que está em estado de alerta inicial e divulgou recomendação na quinta (23) para que equipes de saúde fiquem alertas a casos de pessoas com sintomas respiratórios e que apresentem histórico de viagens a áreas de transmissão ativa do vírus.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a maioria das pessoas que morreram era idosa e tinha outros problemas de saúde associados, como diabetes e doenças cardiovasculares.
Até agora, todos que pegaram o vírus estiveram em Wuhan, cidade chinesa com 11 milhões de habitantes que parece ser a origem da epidemia. Acredita-se que a fonte seja um mercado de peixes e animais vivos, mas a transmissão de pessoa para pessoa já foi confirmada.
A cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, é um importante centro industrial e comercial do centro da China e tem o maior aeroporto e porto da região.
Ano-Novo chinês
Para impedir que o vírus se espalhe ainda mais, autoridades isolaram 13 cidades da província de Hubei, área com cerca de 40 milhões de habitantes, e anunciaram o fechamento de diversas atrações turísticas.
A Cidade Proibida, trechos da Grande Muralha, os túmulos da dinastia Ming e a floresta Yinshan Pagoda não terão mais acesso de turistas até segunda ordem. O Estádio Nacional de Pequim, conhecido como Ninho de Pássaro, construído para os Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, também teve suas portas fechadas.
Os serviços de transporte público na província foram totalmente paralisados. O uso de máscaras em prédios públicos se tornou obrigatório e aqueles que desrespeitarem a medida estão sujeitos a sanções legais.
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