Esquecimentos são incômodos, sejam eles referentes a "onde estão as chaves?" ou até "qual é o nome dessa pessoa mesmo?". A boa notícia é que há formas de, pelo menos, melhorar esses lapsos de memória.
Segundo a Mayo Clinic, ter uma atividade mental constante —desde simples palavras-cruzadas até aprender um instrumento musical— ajuda a manter a memória cotidiana afiada. A lógica segue a mesma linha dos exercícios físicos para manutenção de um corpo saudável.
A depressão, a solidão e o estresse são fatores que normalmente são associados à perda de memória. Dessa forma, ter contato com pessoas queridas se torna um fator de prevenção das perdas de memória.
Organizar a vida é o terceiro passo para a prevenção de esquecimentos. E talvez esse seja um dos principais problemas atuais. "Hoje vivemos em um contexto de extrema falta de atenção, extremo multitasking [fazer várias coisas ao mesmo tempo]", diz José Cunha, coordenador da área de neurologia do Hospital Leforte.
Dessa forma, uma mudança de estilo de vida —o que não necessariamente é fácil, sabemos bem— é importante para colocar a cabeça no lugar. "Não prestamos atenção nem na gente mesmo. Não conseguimos prestar atenção no que comemos, porque estamos comendo e vendo rede social", diz Cunha. Não adianta culpar o cérebro depois.
Dividir a rotina, seja ela diária ou semanal, em blocos de tempo no qual se faz somente uma atividade pode ser um passo importante para impedir o avanço dos lapsos de memória cotidianos. E vale lembrar: limite ao máximo as atividades que você faz por vez. A vontade de ser superprodutivo traz o perigo de se fazer várias coisas de modo não satisfatório.
O sono é outro dos pontos que pode impactar positivamente sua memória. A consolidação das lembranças acontece nesse momento.
E claro: comer bem, reduzir o consumo de álcool e praticar atividades físicas regularmente sempre são aliadas da saúde, inclusive mental. Os exercícios, por exemplo, aumentam o fluxo sanguíneo no corpo e, consequentemente, no cérebro.
Se a sua preocupação está mais relacionada à idade e chances de desenvolvimento de demência, o cenário se torna um pouco mais complexo. Atualmente não se sabe como evitar ou prevenir completamente doenças como Alzheimer.
Nesses casos, contudo, a perda de memória não é o único sintoma. Há também alterações comportamentais.
Para buscar diminuir as chances de problemas do tipo, Cunha diz que vale prestar atenção em doenças como diabetes, colesterol e hipertensão, que aumentam as chances de demência.
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