A teoria é controversa e geralmente descartada por especialistas, mas um novo estudo que inclui proeminentes pesquisadores do mal de Alzheimer, eles também ex-céticos, pode mudar a história.
O estudo oferece evidência robusta para a ideia de que diferentes vírus podem estar envolvidos na doença, particularmente dois tipos de herpes que infectam a maioria das pessoas na infância e ficam dormentes por anos.
A pesquisa, publicada na revista Neuron, analisou amostras de quase 950 cérebros humanos.
Os autores ressaltam: não está se afirmando que os vírus causam o mal de Alzheimer. A pesquisa deles sugere que vírus podem dar o pontapé inicial a uma resposta imune que pode levar ao acúmulo da amiloide, uma proteína que se forma em placas presentes nos cérebros de quem tem alzheimer.
A infecção por herpes, porém, pode não ser a única a funcionar como gatilho de respostas imunes do cérebro. Bactérias, parasitas e outros micróbios também têm esse poder.
Mas cientistas ainda céticos levantam a questão do ovo ou da galinha: os vírus achados em maior quantidade nos cérebros com alzheimer não poderiam ser consequência da doença?
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