Ex-hippie vende solu��es verdes para uma metr�pole mais sustent�vel
Ele nunca teve carteira assinada. Cursou artes pl�sticas na USP (Universidade de S�o Paulo), mas n�o queria ser artista. Migrou para a educa��o.
Das boas pr�ticas de seu estilo de vida sustent�vel, passou a bancar a fam�lia � frente de um neg�cio social fincado em S�o Paulo, mas batizado de Morada da Floresta.
Com uma composteira pr�tica, que usa minhocas para transformar lixo dom�stico em adubo org�nico, Cl�udio Sp�nola, 40, criou um produto que � refer�ncia nacional.
Nascido em Bras�lia, em 1976, morou na Asa Sul da capital federal e lembra de brincar na rua como no interior.
Bem mais novo que os quatro irm�os, entrou na adolesc�ncia meio punk, "revoltado com o sistema". Aos 16, mudou-se para S�o Paulo. O pai vinha dirigir o Instituto Mackenzie.
O impacto foi grande, lembra: "Da janela do meu pr�dio eu via mais um pr�dio e mais um e mais um, sem horizonte, sem c�u. Esse choque me influenciou nas escolhas depois, sempre querendo resgatar a natureza."
Na hora do vestibular, n�o conseguia escolher a profiss�o. Todas contribu�am para "a manuten��o do sistema".
Entrou na USP em 1995. "Fui ficando mais hippie." Mudou-se para uma rep�blica e entrou em contato com as ideias da permacultura, sistema de pensamento nascido na Austr�lia nos anos 1970, que tem como pr�ticas agricultura org�nica, cooperativismo e educa��o ambiental.
Sem querer morar na metr�pole, saiu em viagem com um grupo pelo Brasil em um �nibus, o Bus On Ganesha. Percorriam festivais de ecologia e encontros de ecovilas levando cursos e oficinas.
Depois de um ano e meio, em 2006, em um Encontro Nacional de Comunidades Alternativas, conheceu Ana Paula Silva, 33, que tinha sa�do de S�o Paulo querendo mudar de vida.
INC�NDIO E PAIX�O
Um inc�ndio destruiu o �nibus e impediu o casal de seguir com a caravana. De volta a SP, Sp�nola gastou as economias na compra de um carro, roubado em seguida. "Cheguei ao fundo do po�o."
Transformou a casa na zona oeste, comprada com a ajuda da fam�lia, em uma comunidade ecol�gica de verdade. Passaram a convidar expoentes do movimento das ecovilas para cursos e workshops no espa�o que come�a a abrigar tamb�m o esp�rito empreendedor do dono.
Quando nasceu Violeta, 8, a primeira filha, o casal optou por fraldas de pano para evitar as descart�veis, vil�s do ambiente por n�o serem biodegrad�veis. Com modelos do Canad�, Ana Paula Silva passou a produzir e vender fraldas modernas de pano.
Ao mesmo tempo, Sp�nola iniciou a fabrica��o artesanal do hoje carro-chefe da Morada: a composteira de gavetas de pl�stico empilh�veis, com torneira para a sa�da do adubo l�quido, que n�o d� cheiro e pode ser usada em casa ou em apartamento. Com o crescimento do neg�cio e o nascimento do segundo filho, Micah, a casa deixou de ser comunidade e passou a abrigar apenas a fam�lia e a empresa.
COMPOSTA SP
A experi�ncia acumulada levou o neg�cio social a ser chamado pela prefeitura para o Composta S�o Paulo, em 2014. Marco no tratamento do lixo org�nico na capital paulista, o projeto distribuiu 2.006 composteiras para fam�lias selecionadas entre as mais de 10 mil cadastradas.
O custo de R$ 800 mil saiu de um acordo com as empresas Loga e Ecourbis, respons�veis pela coleta da cidade.
"Foi o mais importante projeto de que participei. Mostrou que � poss�vel fazer compostagem urbana em S�o Paulo", diz Sp�nola.
O desafio de entregar milhares de encomendas em tr�s meses ajudou a estruturar a empresa. "Cl�udio foi um grande parceiro. Precis�vamos de algu�m com experi�ncia, e a Morada � respeitada nas pr�ticas de descarte", diz Sim�o Pedro, secret�rio municipal de Servi�os.
"Ele tem a milit�ncia alegre t�pica das pessoas que anteveem um futuro melhor", diz L�cia Salles, funcion�ria da prefeitura que acompanhou a gesta��o do Composta SP.
Ricardo Young, vereador pela Rede, tamb�m destaca o papel precursor do fundador da Morada da Floresta. "Ele tem integridade e coer�ncia: faz o que prega."
Sp�nola reconhece o processo org�nico de se tornar empreendedor. "Tudo come�ou com pr�ticas internas, para estar em paz com nossa consci�ncia. Aos poucos, viraram produtos e servi�os."
A ades�o � pr�tica de compostagem, diz, muda a vida da clientela. "As pessoas ficam euf�ricas, a composteira vira ponto tur�stico da casa."
No momento, Sp�nola est� desenvolvendo um novo projeto de minhoc�rio para 2017. "Veia de empreendedor sempre tive. N�o fiz administra��o nem tenho conhecimento cont�bil. Aprendi para gerar impacto positivo."
Ele usa uma imagem para resumir sua trajet�ria. "Os vision�rios, no in�cio, s�o diferentes dos outros. Aos poucos, a vis�o come�a a virar alternativa ao sistema. Depois, � tend�ncia at� virar cen�rio."
Nesta toada, ele aposta que o tratamento de res�duos org�nico dom�sticos, de casa em casa, vire logo cen�rio.
USINA DE PERMACULTURA
Uma rep�blica de estudantes fundada nos anos 1990 que evoluiu para neg�cio social. Assim Cl�udio Sp�nola define a sua Morada da Floresta.
H� sete anos como empresa, a Morada elabora e vende produtos e servi�os para estimular pr�ticas sustent�veis. Seus focos s�o res�duos org�nicos, fraldas de beb�s e absorventes.
Em um sobrado da zona oeste de S�o Paulo funciona o seu laborat�rio de permacultura viva, onde se pratica culin�ria vegetariana, consumo consciente, e h� sistemas de capta��o da �gua da chuva, utiliza��o da energia solar, cultivo de horta e compostagem de res�duos.
Al�m de solu��es prontas para o consumo, como as composteiras com minhocas, seu produto mais conhecido, a Morada faz projetos para implanta��o de sistemas combinados de horta e compostagem para casas, escolas, empresas, institui��es e entes p�blicos.
Sedia ainda cursos e viv�ncias em temas como hortas em apartamentos ou cultivo de abelhas sem ferr�o. A Morada pode ser conhecida em visitas ecopedag�gicas para ver todas essas pr�ticas.
Para al�m dos resultados particulares de cada projeto, a for�a do neg�cio reside no car�ter educativo de suas a��es e exemplos, que buscam semear transforma��es de longa dura��o, acredita Sp�nola. "A exist�ncia de um espa�o ecol�gico como o nosso na cidade inspira e mostra que � poss�vel mudar os h�bitos."
A pegada positiva pode ser verificada em alguns n�meros. Na compostagem dom�stica, por exemplo, consideradas as vendas de todas as composteiras, est�o sendo compostados nas caixinhas com o selo da Morada da Floresta cerca de 7,5 toneladas de cascas de frutas, restos de legumes e verduras e demais sobras do preparo de comida a cada dia.
Esse volume de res�duo deixa de alimentar a rede custosa que se estabelece no trajeto de caminh�o entre as portas das resid�ncias e a destina��o final, no melhor dos casos um aterro sanit�rio, e no pior deles num lix�o.
Com a compostagem, esse res�duo � retido em casa e, misturado a folhas secas ou serragem, � transformado e gera, em cerca de dois meses, adubo granulado e fertilizante l�quido, ideais para alimentar hortas dom�sticas, fazer ninhos de mudas e fortalecer os jardins.
Cerca de 52% do lixo dom�stico � de material org�nico e cada brasileiro produz em m�dia 1 kg de res�duos por dia.
Al�m das pessoas que compram as composteiras, h� as que aprendem a faz�-las com baldes, atrav�s dos v�deos tutoriais que a Morada da Floresta colocou no ar. No canal do YouTube, um deles tem 360 mil visualiza��es, de 2012 at� hoje.
Nas fraldas n�o-decart�veis, o impacto tamb�m � alto. Do ponto de vista ambiental, considerando que cada beb� consome cerca de 6.000 unidades, o c�lculo � de que com as vendas dos sete anos de produ��o foram subtra�dos do caminho do aterro sanit�rio ou de lix�es cerca de 4,8 milh�es de fraldas.
Do ponto de vista da economia familiar, em vez de gastar cerca de R$ 5.000 na compra dos produtos descart�veis, o desembolso se reduz a R$ 1 mil em fraldas de pano.
MUDAN�A DE H�BITOS
A mudan�a de comportamento que as novas pr�ticas provocam � atestada por v�rios participantes dessas iniciativas. � o caso de Am�lia Marques dos Santos, que mudou sua rotina e j� se acostumou a passar diariamente antes do almo�o na horta de seu condom�nio para apanhar verduras frescas, como couve e alface. "�s vezes des�o tamb�m � noite, com uma lanterna, para pegar erva cidreira para um ch�."
Esses h�bitos simples vieram depois que o condom�nio Altos do Butant�, (que tem mais de 400 apartamentos) implantou um projeto de reaproveitamento dos res�duos org�nicos encomendado � Morada da Floresta, em junho de 2015.
A ideia era antiga, conta o s�ndico Rog�rio Trava, mas faltava escolher o melhor m�todo para mudar a rela��o dos moradores com o lixo.
"Para n�s n�o d� trabalho nenhum. Descasco os legumes e frutas e jogo no lixinho da pia. Um dia sim, outro n�o trago para o t�rreo, onde fica a compostagem", diz Maria Jos�, tamb�m moradora do condom�nio. "Acho que em qualquer conjunto d� para fazer", diz. "Quando come�ou, n�o sabia como seria. Mas, depois de quatro meses, quando vi o resultado, com o composto adubando as plantas e diminuindo o lixo, achei maravilhoso", completa.
"Tenho orgulho do lugar onde vivo, porque tem impacto ambiental menor", diz o s�ndico. "A facilidade de pegar as coisas na horta � agregadora. As pessoas criaram v�nculos e a conviv�ncia melhorou. At� os conflitos do condom�nio diminu�ram."
E a economia n�o � nada desprez�vel. Os R$ 10 mil que eram gastos em seis meses com a compra de sacos pl�sticos para acondicionar o lixo, foram abatidos para R$ 3.400.
"Me sinto orgulhosa da experi�ncia. A gente se sente feliz", diz Am�lia.
Em um ano de projeto, o engajamento dos moradores � na separa��o de org�nicos em cada apartamento para alimentar a composteira � de 40%. Mesmo assim, a horta � livre para todos.
Al�m disso, h� adubo de boa qualidade e sem custo para a horta e para o jardim do conjunto. A pegada ecol�gica diminuiu. S�o duas toneladas di�rias a menos no lixo. Na composteira, os org�nicos geram uma tonelada de composto. "Outro dia vi um pai descer com sua filha para explicar todo o sistema. O processo � educativo. O retorno de tudo isso � grande, tanto do ponto de vista do dinheiro quanto do ponto de vista pessoal", conclui o s�ndico.
Nos Jardins, �rea nobre da capital, a mesma transforma��o acontece no apartamento da arquiteta Renata Portenoy em plena avenida Faria Lima. S� que ali foi o desejo de ter uma horta � que levou a moradora a fazer compostagem. "Eu j� reciclava os res�duos secos e, quando comecei a fazer horta, senti falta de um recurso para adubar meu cultivo de forma natural."
Ela buscou um fornecedor e achou a Morada da Floresta. Comprou o kit de composteira pl�stica e hoje se orgulha de ter adubo para a horta que ela mesma faz e ainda fornecer para a m�e e para amigos. "O processo resgata valores que est�o muito perdidos hoje em dia. Faz a gente se sentir mais respons�vel. N�o � dif�cil desperdi�ar menos", diz.
ESCOLAS ORG�NICAS
A expertise da Morada da Floresta levou � escolha da empresa como consultora e executora local do projeto Escolas Mais Org�nicas. "Educa��o ambiental � fundamental para alavancar mudan�as. Por isso, pensamos em envolver a rede de escolas da Prefeitura de S�o Paulo em um projeto de implanta��o com acompanhamento constante", diz Sim�o Pedro, secret�rio municipal de Servi�os.
Assim, no in�cio de 2016, 15 escolas municipais que j� possu�am algum projeto ligado � compostagem e horta foram convidadas para participar.
Houve um interc�mbio de t�cnicos de S�o Paulo e da cidade de Copenhagen, na Dinamarca, para preparar o projeto. Foi criada uma plataforma de comunica��o entre as escolas, al�m de encontros para discutir as experi�ncias.
Os recursos vinham da coaliza��o do clima, a CCAC (da sigla original Climate and Clean Air Coalition), da UNEP (Programa das Na��es Unidas para o Meio Ambiente) e a realiza��o foi feita pela ISWA (Associa��o Internacional de Res�duos S�lidos), com coordena��o local da Abrelpe (Associa��o Brasileira de Empresas de Limpeza P�blica e Res�duos Especiais).
Al�m da plataforma de comunica��o entre as escolas, o projeto produziu um manual de boas pr�ticas, fruto das experi�ncias vividas, com orienta��es t�cnicas para facilitar a gest�o dos res�duos org�nicos nas escolas atrav�s da compostagem.
Gabriela Otero, da Abrelpe, que participou do projeto, diz que o impacto positivo vai al�m da mudan�a de destino do lixo. "As pessoas passam a se reunir e a olhar para alimenta��o mais saud�vel atrav�s da pr�tica das hortas. Al�m disso, a boa gest�o de res�duos impacta nas mudan�as clim�ticas", diz. "A Morada, como � pioneira nisso, foi um parceiro fundamental."
Na EMEI An�sio Teixeira, escola municipal que tem 41 anos de funcionamento, a compostagem entrou na sala de aula, literalmente. Ap�s o lanche, as crian�as mesmo picam os restos e levam para as caixas de minhocas.
Na �rea externa, foi constru�do um canteiro para a horta. "O cuidado com o ambiente se aprende no contato", diz Simone Kenji, a diretora que est� na escola desde 2008. Com os produtos da horta, os alunos fazem bolos e outras prepara��es.
Essas atividades acabam entrando na vida das fam�lias. Depois de aprender a fazer bolo de cenoura na escola, Simone conta que um aluno convidou o pai para cozinharem juntos em casa. Para ela, a hist�ria ilustra como os h�bitos sustent�veis humanizam as rela��es e caminham da escola para a casa.
COMPOSTA S�O PAULO
Mas o caminho tamb�m pode ser da casa para a escola, como foi o caso de Joaquim F�lix. Hoje gestor ambiental do Col�gio Dante Alighieri, ele mora em apartamento e n�o pensava que poderia fazer compostagem ali at� que soube da exist�ncia do Composta S�o Paulo, em 2014.
O projeto da parceria da Morada da Floresta com a prefeitura da capital paulista distribuiu composteiras para fam�lias de todos os estratos sociais. Entre os 10 mil inscritos, F�lix foi um dos 2 mil contemplados com sua composteira. Seguiu todas as orienta��es, participou das oficinas e da rede de apoios e esclarecimentos via Facebook e adorou. "� apaixonante", diz F�lix.
"Hoje, em casa, o bicho de estima��o � a minhoca", brinca. Os filhos de 7 e 12 anos participam ativamente. "Alguns h�bitos mudaram. Passamos a consumir mais algumas frutas em detrimento de outras para dar comida para as minhocas."
A experi�ncia dom�stica fez com que F�lix propusesse para a escola onde trabalha uma iniciativa do g�nero. "Achei que cabia perfeitamente na proposta educacional do Dante."
A escola topou. L�, s�o 545 refei��es por dia, o que representa 150 kg de res�duo org�nico. Foram comprados ent�o 10 kits de minhoc�rios, onde s�o compostados diariamente de 70 a 80 kg do total.
"Os ganhos s�o muitos. Voc� consegue mudar os h�bitos, quando envolve a �rea pedag�gica", diz F�lix. Resolvido o problema dos res�duos org�nicos, apareceu um novo elemento: o composto org�nico. O que fazer com ele? "O diretor da escola resolveu fazer uma horta no telhado", conta.
Nela, s�o plantados beterraba, cenoura, couve e alface. Todo o resultado do cultivo � doado. "� o ciclo se fechando", diz F�lix. "E tudo come�a l� atr�s, com a separa��o adequada. Fazendo a separa��o, voc� v� que n�o existe lixo."
� nas aulas de biologia do Dante que os estudantes t�m contato com o tema. "O Brasil � um dos pa�ses que mais usa agrot�xico e o adubo org�nico poderia ser uma solu��o para mudar isso", diz a aluna Gabriela Marcondes, do s�timo ano.
ECONOMIA
Uma solu��o para cortar custos era o que procurava, h� dois anos, Marcelo Moura, da Cecil Metalurgia, localizada em Cotia [a 35 km de S�o Paulo]. A empresa gastava muito com os res�duos do restaurante dos funcion�rios, que serve 500 refei��es por dia.
O lixeiro tinha de passar duas ou tr�s vezes por semana. Para aguardar essa coleta, o material residual tinha de ficar acondicionado em um freezer, de forma a evitar decomposi��o e mau cheiro. Estudaram algumas alternativas. A incinera��o foi descartada por causa do grave dano ambiental que causaria.
"Fomos procurar um sistema em conson�ncia com a ecologia", conta Moura. "Chegamos na Morada da Floresta, que desenvolveu um programa". "O que � fant�stico � que n�o temos que mandar nada para fora daqui, onde poderia gerar polui��o", diz Marcelo.
"Hoje temos 33 torres de compostagem, para o gasto di�rio. Desde a implanta��o, em 2010, j� foram mais de 30 toneladas para fazer composto. O produto, a gente espalha entre as �rvores". A m�o de obra � muito pequena, afirma ele.
E a redu��o de gastos foi significativa. "Gast�vamos R$ 3.000 por m�s e passamos para R$ 500. O investimento se pagou em menos de um ano", conta. "Precisava ter uma legisla��o que obrigasse as pessoas a fazerem isso. Porque � muito mais razo�vel. O poder p�blico s� recolheria os recicl�veis e seria o fim dos caminh�es com cheiro ruim."
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A cidade de S�o Paulo produz diariamente 20 mil toneladas de res�duos, sendo 12,5 mil toneladas provenientes de coleta domiciliar, de acordo com o site da prefeitura. Estima-se que 53% dos res�duos domiciliares sejam org�nicos e que poderiam ser compost�veis em sua totalidade, evitando assim o transporte desnecess�rio at� aterros sanit�rios, a mistura com res�duos secos que poderiam ser reciclados e a produ��o de chorume e g�s metano, subst�ncias altamente poluentes que resultam da decomposi��o destes res�duos.
De acordo com especialistas da Abrelpe (Associa��o Brasileira de Empresas de Limpeza P�blica e Res�duos Especiais) e da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana de S�o Paulo), uma das estrat�gias mais eficientes para o problema do lixo urbano � o tratamento adequado de res�duos na fonte geradora, evitando o excesso de caminh�es de lixo circulando na cidade, a contamina��o de res�duos secos com res�duos org�nicos e economizando recursos para a cidade. O tema � tratado pela Pol�tica Nacional de Res�duos S�lidos (Lei 12.305/2010), que representou um avan�o importante para o pa�s em termos de sustentabilidade, a partir do desdobramento de suas diretrizes para os munic�pios.
Nesse sentido, a Morada da Floresta vem desenvolvendo solu��es para ampliar a pr�tica de compostagem de res�duos org�nicos, ao trabalhar com composteiras dom�sticas e empresariais. Inovou ao conseguir transformar o processo de compostagem em algo simples, pr�tico e higi�nico, que qualquer pessoa pode fazer em casa. Por seu pioneirismo, foi realizadora do Composta S�o Paulo, junto com a Secretaria de Servi�os do Munic�pio de SP e a Amlurb, projeto que envolveu distribui��o de 2.006 composteiras domiciliares, treinamento, suporte online e oficinas de educa��o ambiental em 2014.
O empreendedor social � s�cio e fundador da Morada da Floresta. Atualmente, � o presidente da organiza��o, respons�vel pelas decis�es estrat�gicas, pela articula��o de parcerias e tamb�m pelas inova��es e novos produtos de compostagem.
Tem dedica��o integral e toda sua remunera��o vem da empresa e de palestras e projetos pontuais para os quais � convidado.
Profundo conhecedor de compostagem, est� desenvolvendo habilidades de empreendedor e gestor por meio de cursos, programas de apoio a empreendedores e pela pr�tica na organiza��o. Sua lideran�a � fundamental na empresa, que � composta por uma equipe em forma��o e desenvolvimento. Seu papel � estrat�gico por sua responsabilidade em cuidar da linha de produtos de compostagem e tamb�m por definir os rumos da empresa, articulando vendas, novos produtos e parcerias. � aberto a sugest�es da equipe e diz dar autonomia para que as pessoas criem processos novos na Morada, o que foi percebido tamb�m na fala dos funcion�rios. Por�m, a maioria das decis�es estrat�gicas s�o centralizadas no empreendedor.
Apesar da dedica��o ser integral, o empreendedor e sua esposa (que tamb�m � s�cia da Morada da Floresta) atualmente vivem na cidade de Monteiro Lobato, a 130 km da capital S�o Paulo. Parte da intera��o com a equipe acontece virtualmente, e os dois s�cios se revezam para estar no escrit�rio algumas vezes na semana.
� descrito por funcion�rios, parentes e parceiros como algu�m idealista, vision�rio, transparente, �tico, inovador e empreendedor. � considerado viciado em trabalho e focado. Generosidade e esp�rito colaborativo s�o outras qualidades apontadas, tendo como exemplo sua iniciativa de disponibilizar informa��es gratuitas sobre compostagem a quem quiser, at� mesmo sobre como montar a pr�pria composteira, produto que ele vende pronto.
Entre ativistas e profissionais ligados ao meio ambiente e � sustentabilidade, � reconhecido como especialista em compostagem e educa��o ambiental, prestigiado pelo trabalho que exerce na Morada da Floresta.
Formado em Artes Pl�sticas pela USP (Universidade de S�o Paulo), Cl�udio se especializou em compostagem e permacultura pelas experi�ncias pr�ticas e cursos.
Seu perfil de estudioso e curioso faz com que esteja sempre atualizado. � ativista e refer�ncia no assunto. Mant�m-se em contato com outros profissionais do setor, fazendo cursos ministrados na pr�pria Morada da Floresta ao longo dos �ltimos nove anos.
Por n�o ser da �rea de neg�cios, participou de cursos e programas que o ajudaram a entender mais sobre empreendedorismo e gest�o, como por exemplo a Jornada de Empreendedores Sociais da Artemisia, em 2008, a acelera��o pela Yunus Neg�cios Sociais, em 2014 e atualmente, o programa de Inova��o e Sustentabilidade nas Cadeias Globais de Valor, organizado pela GVCes e pela Apex Brasil.
Possui conhecimento intermedi�rio em ingl�s e espanhol.
Nascido em Bras�lia, foi morar em S�o Paulo na adolesc�ncia, e o choque da mudan�a para uma cidade t�o grande o fez refletir sobre quest�es socioambientais ligadas ao estilo de vida e � sociedade de consumo.
Enquanto cursava Artes Pl�sticas na USP, come�ou a se envolver com permacultura e com o movimento de ecovilas, e a praticar agricultura urbana em casa, compostando os pr�prios res�duos org�nicos para produzir adubo para suas plantas.
Depois de se formar em Artes Pl�sticas na USP (2000), trabalhou em Curitiba (PR) como arte-educador e, posteriormente, envolveu-se em movimentos alternativos inspirados na cultura hippie. Viajou pelo Brasil e pela Am�rica do Sul participando de eventos como o F�rum Social Mundial em Porto Alegre (RS) e em Caracas, na Venezuela, nos anos de 2005 e 2006, articulando mutir�es e projetos de educa��o ambiental e mobiliza��o social. Nesse per�odo, desenvolveu seu empreendedorismo em projetos comunit�rios, com a compra de um �nibus para a realiza��o de viagens e caravanas, al�m da articula��o e viabiliza��o financeira de todos os seus projetos.
Em 2004, adquiriu a casa onde hoje funciona o escrit�rio da empresa e fundou uma moradia compartilhada com princ�pios ecol�gicos e valores praticados nas ecovilas, a Casa da Floresta. Em 2007, ap�s um inc�ndio no �nibus em que estava em caravana no ano anterior, decidiu retornar a S�o Paulo e montar um neg�cio. A casa deixou de ser uma moradia compartilhada e passou a ser a sede da Morada da Floresta.
Inicialmente, eram oferecidos cursos sobre permacultura e sustentabilidade. Em 2009, come�ou a vender as primeiras composteiras e fraldas ecol�gicas, produtos desenvolvidos a partir das pr�ticas sustent�veis realizadas no dia a dia do casal. Desde ent�o, vem trabalhando para fortalecer a Morada da Floresta como neg�cio socioambiental, aprimorando a gest�o da empresa, desenvolvendo novos produtos e influenciando pol�ticas p�blicas ligadas � compostagem na cidade de S�o Paulo.
Desde 1999, o candidato faz compostagem em casa. A partir de sua experi�ncia com t�cnicas tradicionais, desenvolveu um produto que torna o processo de compostar poss�vel em espa�os pequenos, sem necessidade de jardim ou quintal, de um jeito simples e que chega ao consumidor pronto para usar. A principal inova��o da Morada da Floresta � ter desenvolvido um sistema de compostagem com minhocas em caixas de pl�stico, com tamanhos variados de acordo com o porte da fam�lia, leves, de f�cil manuseio, entregues em kits com serragem, instru��es e pronta para ser utilizada. Seu uso correto n�o deixa cheiro nem atrai insetos, dois receios comuns dos consumidores.
Por ser pioneira na comercializa��o de composteiras dom�sticas no Brasil e uma refer�ncia no assunto, reconhecida por ativistas, especialistas e o p�blico em geral, a Morada da Floresta foi convidada a desenhar e realizar o Projeto Composta S�o Paulo, em parceria com a Secretaria de Servi�os da Prefeitura e a Amlurb.
De acordo com Antonio Storel, coordenador de res�duos org�nicos da Amlurb, a Morada da Floresta foi escolhida pela atua��o pioneira do empreendedor na compostagem dom�stica, pelo trabalho de refer�ncia no Brasil, por conseguirem se comunicar com o p�blico de forma did�tica e simples e por terem um produto j� desenvolvido. Para um projeto a n�vel municipal, era necess�rio trabalhar com composteiras de forma profissional.
O Composta S�o Paulo foi desenvolvido em 2014 a um custo aproximado de R$ 800 mil. Esse projeto (e a atua��o da Morada da Floresta) virou refer�ncia nacional no Brasil, ao criar uma cultura de compostagem na cidade e gerar educa��o ambiental pela pr�tica. Foram oferecidas oficinas educativas, suporte t�cnico para d�vidas dos participantes e a cria��o de uma comunidade online que se mant�m engajada at� hoje e possui mais de 8.000 membros. Alguns dos resultados do projeto:
� 10.061 inscritos
� 2.006 fam�lias receberam composteiras da Morada da Floresta, representando 7.033 moradores
� 2.525 outras fam�lias come�aram a compostar em casa, influenciadas pelas fam�lias participantes do Projeto
� �ndice de satisfa��o de 97,8%
A experi�ncia teve boa repercuss�o servindo como exemplo positivo para tratar de um tema considerado tabu na cidade, por causa de experi�ncias com compostagem malsucedidas no passado.
Em rela��o �s fraldas ecol�gicas, a Morada tamb�m foi pioneira no desenvolvimento de um produto f�cil de usar, que se ajusta ao tamanho do beb� e com tecidos pr�prios que evitam vazamentos. Possui patente verde do produto (Privil�gio de Inven��o - Patentes Verdes BR 10 2012 107905 9).
O empreendedor social mostra-se preocupado com a qualidade e funcionalidade do produto, aberto a cr�ticas e a melhorias constantes. Ao trabalhar com a Prefeitura no projeto Composta S�o Paulo, teve que inovar na comunica��o com o p�blico e para isso criou uma composteira transparente, para demonstrar o mecanismo com fins did�ticos.
Atualmente, est� trabalhando num novo modelo de composteira com inova��es relacionadas ao material de fabrica��o e ao design. Esse lan�amento poder� ser respons�vel por um grande aumento nas vendas da empresa porque, al�m de ser mais ecol�gico, ter� consider�vel redu��o nos custos de produ��o.
Na linha de Beb�s Ecol�gicos e Ecologia Feminina, a empresa tamb�m demonstra abertura para experimenta��es e inova��o cont�nua, seja pelo lan�amento de novos produtos ou pelo incremento dos produtos existentes. Atualmente, est�o estudando uma forma de reduzir custos das fraldas.
A Morada da Floresta existe formalmente desde 2009 e j� alcan�ou seu ponto de equil�brio. A empresa obteve lucro nos �ltimos tr�s anos. Foram implementados novos produtos no portf�lio e foi criada uma loja virtual para comercializa��o on-line, sendo hoje o principal canal com os consumidores finais.
H� diversos desafios para o crescimento, como por exemplo a integra��o de um novo Sistema de Gest�o Empresarial com a plataforma de e-commerce, para melhorar a gest�o de processos e informa��es, garantindo mais efici�ncia nos processos, menos retrabalho e mais facilidade para an�lises financeiras sobre a rentabilidade de cada linha de produto. Al�m disso, o novo modelo de composteira dom�stica que est� sendo desenvolvido pode reduzir o custo de produ��o em mais de 30%, al�m de reduzir significativamente o custo de frete, aumentando as margens da empresa e permitindo comiss�es mais atrativas para que revendedores possam atuar na distribui��o do produto.
O empreendedor social tem como objetivo a internacionaliza��o de seus produtos e atualmente est� participando de um programa que visa fomentar as exporta��es de neg�cios de pequeno porte que se destacam pelos atributos de inova��o e sustentabilidade, fruto de parceria entre Apex Brasil e Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-SP. H� planos de realizar a primeira miss�o comercial em novembro de 2016 e iniciar exporta��es at� o final de 2017, de acordo com o planejamento estrat�gico apresentado para a avalia��o.
H� planos concretos sendo executados que mostram um caminho de profissionaliza��o da gest�o e de execu��o de estrat�gias para aumentar sua sustentabilidade financeira e escala das vendas. Vale ressaltar que, em 2014, a Morada da Floresta teve recorde de faturamento e lucro, devido principalmente ao Projeto Composta S�o Paulo, demonstrando capacidade de trabalhar em maior escala e com projetos com clientes grandes. Al�m disso, h� possibilidades concretas de renova��o do projeto a partir de 2017, e a empresa j� foi procurada por outras prefeituras para realiza��o de projetos similares.
Os usu�rios priorit�rios das composteiras e produtos ecol�gicos da Morada da Floresta s�o em sua maioria fam�lias de classe m�dia ou alta do Estado de S�o Paulo, com estilo de vida sustent�vel e bom n�vel de escolaridade.
Por�m, a atua��o ampla em diversos projetos como o Composta S�o Paulo e o Escolas Mais Org�nicas beneficiou fam�lias e estudantes de diversos perfis socioecon�micos, inclusive de baixa renda.
Em outro fronte est�o os clientes empresariais, que tamb�m s�o beneficiados pela redu��o de custos de remo��o de res�duos, al�m da facilidade de se tornarem empresas mais corretas ambientalmente. Os tipos de clientes s�o variados: condom�nios, escolas, universidades, hospitais e empresas em geral.
Ainda que seja dif�cil mensurar a quantidade de res�duos org�nicos, fraldas e absorventes descart�veis que deixam de ir para aterros todos os dias, as estimativas da Morada da Floresta mostram que s�o n�meros expressivos, descritos no crit�rio "Impacto quantitativo".
O impacto indireto � ainda maior, principalmente relacionado � mudan�a de comportamento relacionado � sustentabilidade. Em visita a empresas e condom�nios que praticam compostagem com os sistemas da Morada da Floresta, a equipe de avalia��o percebeu impactos positivos em rela��o � redu��o de desperd�cio de alimentos, diminui��o de consumo de embalagens e in�cio de separa��o de recicl�veis, fam�lias que come�aram a plantar alimentos em casa e at� relatos de melhoria nas rela��es entre moradores de um condom�nio.
Simone Kenji, diretora da Escola Municipal de Ensino Infantil An�sio Teixeira, na periferia de S�o Paulo, relatou que as crian�as est�o incentivando os pais a melhorar h�bitos de alimenta��o e muitas querem compostar em casa.
Um terceiro impacto � a influ�ncia expressiva que a Morada da Floresta teve em rela��o ao debate sobre compostagem na cidade de S�o Paulo, resultando em a��es concretas explicadas com mais detalhes no Crit�rio 5 "Parcerias e Pol�ticas P�blicas". Todo esse trabalho resultou em um grupo relativamente grande de pessoas engajadas em compostagem no munic�pio de S�o Paulo.
Vale ressaltar que a compostagem resulta em adubos org�nicos e naturais, reduzindo o consumo de adubos qu�micos. Al�m disso, mesmo que pequena, aos poucos espera-se que haja uma economia para a cidade, com a consequente redu��o de res�duos org�nicos em aterros sanit�rios, representando custos menores na gest�o de res�duos. H� ainda um impacto ligado � n�o gera��o de g�s metano, prejudicial a camada de oz�nio, j� que o processo de compostagem n�o libera esse g�s.
O impacto quantitativo � estimado de acordo com o n�mero de composteiras dom�sticas, fraldas ecol�gicas e ecoabsorventes comercializados e seu potencial de compostagem ou de redu��o de consumo de descart�veis ao longo do tempo.
S�o estimados 3.513 toneladas de res�duos org�nicos compostados desde 2013 at� hoje, n�mero que pode ser ainda maior pelo impacto indireto que cada cliente tem de influenciar outras pessoas. Desde 2013, s�o estimadas aproximadamente 4,5 milh�es de fraldas e mais de 1,3 milh�o de absorventes que deixaram de ir para aterros sanit�rios.
O impacto em pol�ticas p�blicas est� diretamente ligado aos objetivos pessoais do empreendedor e tamb�m � escalabilidade da organiza��o, j� que quanto mais o assunto da compostagem for traduzido em pol�ticas p�blicas, maior ser� a demanda por produtos da Morada da Floresta. O empreendedor � um ativista da causa e vem contribuindo com a cria��o de pol�ticas p�blicas relacionadas a compostagem na cidade de S�o Paulo, pela atua��o com parlamentares, �rg�os p�blicos e realiza��o de projetos em parceria p�blico-privada.
Ao perceber as grandes dificuldades e barreiras para a realiza��o de compostagem na cidade de S�o Paulo, em 2010 o empreendedor se reuniu com o ent�o Secret�rio Municipal de Meio Ambiente, Eduardo Jorge. Nessa conversa, apresentou os desafios que enxergava e come�ou a ser convidado a integrar diversas discuss�es sobre o assunto. Assim, recebeu um convite de um vereador para fazer uma apresenta��o na Comiss�o Permanente de Meio Ambiente na C�mara dos Vereadores e posteriormente foi um dos organizadores do Semin�rio Compostagem na Cidade de S�o Paulo. O semin�rio foi um marco de mobiliza��o de diversos atores em prol da compostagem no munic�pio e, a partir de ent�o, v�rias conquistas no �mbito p�blico foram realizadas como:
� Influ�ncia na cria��o de resolu��o que dispensa licenciamento ambiental para compostagem e vermicompostagem em instala��es de pequeno porte, sob condi��es determinadas. Isso facilita a promo��o da compostagem na cidade, facilitando tamb�m a venda de produtos da Morada da Floresta para restaurantes, condom�nios, escolas e empresas e tornando essa pr�tica mais acess�vel.
� Mobiliza��o de amigos e pessoas simpatizantes com a pr�tica da compostagem para apresentar e protocolar propostas em audi�ncias p�blicas nas subprefeituras, que contribuiu para a inclus�o do tema compostagem no Plano de Metas da Prefeitura, resultando na Meta 92, que prev� a promo��o de compostagem dos res�duos org�nicos de feiras municipais (mais de 900), mercados municipais, parques p�bicos e servi�o de poda da cidade de S�o Paulo.
� Inclus�o de estrat�gias e metas de compostagem no PGIRS (Plano de Gest�o Integrada de Res�duos S�lidos da Cidade de S�o Paulo). O empreendedor atuou ministrando palestras em audi�ncias p�blicas relacionadas ao PGIRS e atuou como delegado na Subprefeitura do Butant� durante a revis�o final do PGIRS.
� Convite para desenhar e realizar o Projeto Composta S�o Paulo, que foi um piloto para gerar informa��es para poder dar subs�dios para a cria��o de pol�ticas p�blicas de compostagem na cidade de S�o Paulo, segundo o coordenador da Amlurb. O Composta S�o Paulo foi enquadrado como projeto de educa��o ambiental na verba destinada �s concession�rias de limpeza. Com isso, foi contemplado na obriga��o legal dessas empresas destinar 0,5% de seus contratos p�blicos para atividades dessa natureza. A renova��o do projeto � uma possibilidade para 2017, mas a negocia��o com empresas de limpeza urbana � morosa.
� Convite para o projeto Escolas Mais Org�nicas, uma iniciativa para melhorar a gest�o dos res�duos org�nicos nas escolas municipais de S�o Paulo. Este se originou na segunda etapa da assessoria que a CCAC (Coaliz�o de Clima e Ar Limpo, na sigla em ingl�s) deu para a cidade de S�o Paulo e foi implementada pela ISWA por meio da sua representante no Brasil, a Abrelpe em parceria com a Morada da Floresta, como Consultor Executor Local. Esse trabalho envolveu oito Diretorias Regionais de Ensino, 15 escolas p�blicas com um total de 7.886 alunos, 560 professores e 315 funcion�rios, no primeiro semestre de 2016.
Cerca de 56% das vendas da Morada da Floresta pelo e-commerce s�o realizadas para o Estado de S�o Paulo, seguido por Rio de Janeiro (12%) e Minas Gerais (7%). O restante das vendas est� pulverizado pelos outros estados brasileiros.
Em rela��o aos clientes empresariais, 80% encontram-se no Estado S�o Paulo, com concentra��o na Grande S�o Paulo, pois s�o projetos que demandam visitas t�cnicas, treinamentos, acompanhamento e implementa��o no local.
O potencial de escalabilidade dos produtos da Morada da Floresta � alto, desde que a empresa consiga profissionalizar sua gest�o e concluir as inova��es que est�o planejadas em seus produtos em rela��o a design e custos, tornando-os assim mais competitivos no mercado e mais acess�veis ao consumidor. H� ainda um desafio de como chegar em fam�lias de baixa renda, que hoje n�o s�o o perfil de clientes da empresa.
Outro potencial est� ligado a parcerias com prefeituras e empresas para realizar projetos de compostagem e educa��o ambiental em outros munic�pios, a exemplo da experi�ncia com o Composta S�o Paulo.
Por fim, h� um grande potencial ligado a compostagem em condom�nios e empresas. Os sistemas j� instalados nesse tipo de cliente t�m tido bons feedbacks e podem representar um importante passo em dire��o � escala da compostagem de org�nicos na fonte geradora, al�m de ser uma poss�vel fonte de aumento de faturamento para a organiza��o.