Descrição de chapéu Obituário Sérgio Félix da Silva (1969 - 2024)

Mortes: Ganhou apelido de gigante pela força de trabalho

Sérgio Félix da Silva era comunicador popular no interior da Bahia e colecionava miniaturas de carros

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Juazeiro (BA)

Figura conhecida de Senhor do Bonfim, no sertão da Bahia, Serginho Gigante era sinônimo de alegria. O homem de 1,30 m de altura era comunicador popular, trabalhava na promoção do comércio e colecionava amigos com seu carisma.

Durante muitos anos, fez divulgações de porta em porta com seu carro de som. Também foi repórter de uma webtv local, para a qual gravava pelas ruas da cidade. Suas produções iam de pautas divertidas até problemas comunitários. Tinha como bordão ser "o repórter da voz do povo".

Nas redes sociais, colecionava fotos que tirava com cantores famosos nas festas da região ao fazer coberturas. Em uma delas, está ao lado do cantor Léo Santana, também chamado de "gigante". No caso de Serginho, o apelido claramente não vinha da estatura nem era brincadeira, foi um reconhecimento pelo seu perfil trabalhador.

Sérgio Félix da Silva (1969 - 2024)
Sérgio Félix da Silva (1969 - 2024) - Arquivo pessoal

Além de comunicação, Serginho também atuou como garçom de lanchonete, vendedor de produtos de limpeza, cobrador de ônibus e o que mais aparecia. Ele se dizia um "homem de correria".

"Ele gostava de fazer tudo, não ficava parado. Trabalhou de tudo para não faltar nada para gente. Batalhador e guerreiro, me deu três filhos maravilhosos", diz a esposa Jéssica Félix, 36. Os dois se conheceram em São Paulo, onde Sérgio foi levado pela família ainda criança em busca de tratamento para o nanismo.

Na capital paulista, seu apelido era "Mini Boy". Trabalhou como vendedor em lojas do comércio e clínicas de implantes dentários. Era torcedor do Corinthians e amava a Gaviões da Fiel. A camisa do time, inclusive, era uma de suas marcas registradas.

Sérgio Félix da Silva nasceu no dia 17 de abril de 1969, em Senhor do Bonfim. As inúmeras injeções que tomou na infância para estimular o crescimento, deixaram nele um trauma de agulhas. Já adulto, ainda temia ao ser perfurado, sofria até para fazer exames de sangue.

Em 2009, voltou para a Bahia com a esposa e os dois primeiros filhos ainda pequenos. Dizia que sua terra natal era melhor para criar as crianças. Chegando, conseguiram uma casa própria e tiveram mais uma filha.

Serginho tinha paixão pelas miniaturas de carros. Mantinha uma coleção, que deixava exposta em prateleiras na sala de casa.

De tão popular, acabou candidato a vereador nas últimas eleições municipais, mas não conseguiu se eleger.

Gigante tinha diabetes e muitas vezes foi ao pronto-socorro com alterações na glicemia. Há alguns meses, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral). Fazia tratamento contra as sequelas e, após um sobe e desce de pressão, morreu no último 8 de maio, aos 55 anos.

Deixa a esposa Jéssica, 36, e os filhos Victor, 19, Ana Vitória, 17, e Grazielly, 13.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.