Descrição de chapéu Obituário João Eloir Nabosne (1973 - 2023)

Mortes: Caminhoneiro, levou alegria em todas as suas viagens

João Nabosne despertou sorrisos e amizades por onde passou

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Curitiba

Desde pequeno, João Eloir Nabosne foi alegre e ativo. Sua infância teve muita brincadeira de bicicleta e caminhão, que se tornou sua paixão.

Levava as três irmãs e os primos em viagens criativas em cima das rodas, arrastando uma caixa de areia para todo lado.

Quando cresceu, virou caminhoneiro, profissão que herdou do pai. A filha Geovana Nabosne lembra que, mesmo adorando estar no veículo, o pai só fazia entregas na região metropolitana de Curitiba, onde nasceu. "Ele não queria ficar longe de casa". Ele transportava principalmente areia e pedra.

João Eloir Nabosne (1973 - 2023)
João Eloir Nabosne (1973 - 2023) - Arquivo pessoal

A rotina de João sempre foi de muito trabalho, mas nas horas vagas gostava de se reunir com a família e com os amigos, jogar truco, conversar e fazer churrasco.

Sua presença marcava e cativava a todos, assim como sua alegria, até mesmo nas dificuldades. A filha Jessica Nabosne lembra que um dos momentos mais difíceis para a família foi quando estragou o motor do caminhão, do qual vinha o sustento da casa, e quando um acidente causou grandes danos ao veículo.

"Como ele era abençoado por muitas amizades, os donos da pedreira para quem ele trabalhava tiveram a iniciativa de fazer uma vaquinha virtual. Com o dinheiro, conseguimos arrumar todo o caminhão. Depois, ele fez questão de realizar uma comemoração para agradecer a todos", recorda Jessica.

Assim como recebeu ajuda, João gostava muito de ajudar. Seu coração era imenso e forte; resistiu a nove infartos nos últimos 20 anos. "Foi guerreiro, forte, lutou até o fim. Trabalhador, nunca desistiu. Sempre sorrindo, alegre, um exemplo de determinação. Deixou muitas histórias para serem lembradas, e muita saudade entre a família e os amigos", diz a esposa, Debora Nabosne.

A amiga Angela Cabral reforça que João sempre foi muito alegre, extrovertido, de contar piada, brincar e ser feliz. "Trabalhador, pontual, honesto, de muita confiança. Uma pessoa sensacional e muito querida por todos."

Para Geovana, a melhor lembrança para ela foi o dia em que o pai a deixou dirigir o caminhão. "Ele dando risada e tendo orgulho. Hoje sigo com os fretes e sei que ele está orgulhoso porque o caminhão e a família eram os bens mais preciosos dele."

Jessica ressalta a simplicidade do pai, sem muito estudo, mas cheio de força de vontade para dar o melhor para a família. "Não tinha preguiça de trabalhar, não importava a situação. Ensinou que temos que correr atrás dos nossos sonhos, sempre ajudar o próximo, para sempre ser lembrado. Ou até mesmo se tornar uma lenda, como ele foi."

João morreu em 20 de outubro de 2023, de parada cardíaca. Deixa a esposa, duas filhas, o pai, três irmãs, o caminhão e muitos amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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