Descrição de chapéu Obituário Jair Francisco da Silva Brum (1959 - 2022)

Mortes: Especialista em culinária francesa era sonhador e generoso

Jair Brum fez cursos em Lyon e Paris e trabalhou em hotéis de bandeira internacional

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Antes de o gaúcho Jair Francisco da Silva Brum, o chef Jair Brum, especializar-se em culinária francesa, alcançar a fama e o sucesso, foi necessário vencer muitas etapas.

Jair era o segundo mais velho entre nove irmãos. De criança, trabalhava na roça com a família.

Aos 16 anos, mudou-se com um amigo para São Paulo, no intuito de tentar uma vida melhor. Instalou-se em Santo Amaro, na zona sul, e por lá conseguiu emprego numa lanchonete. O desespero causado pela fome, que o assombrou diversas vezes, resultou na ideia de trabalhar com comida, segundo Sidneyde Brum (Cidinha), 45, sua esposa.

Jair Francisco da Silva Brum (1959-2022)
Jair Francisco da Silva Brum (1959-2022) - Chef Jair Brum no Facebook

Antes de Jair entrar para o mercado da gastronomia, atuou em empresas como ajudante de cozinha e cozinheiro de diretoria.

O executivo Rogério da Costa Vieira —um amigo, entusiasta e professor— foi peça fundamental para a carreira do chef. Jair o auxiliou na inauguração do Le Bistro, em Taubaté (a 140 km de São Paulo), onde atuou durante um período.

Como chef, também trabalhou em hotéis de bandeira internacional, no Brasil, na Massima Alimentação, entre outras empresas. Fez estágio em Paris e Lyon e se consolidou como chef de cozinha de renome internacional. Jair especializou-se em cozinha francesa.

"O gosto pela cozinha começou de criança. Ele fez muitos cursos na área, ensinou e formou muita gente", conta Cidinha, que o conheceu em São Luís, no Maranhão. Foram cerca de 18 anos de convivência.

"Ele ajudou a criar a minha filha desde 1 ano e 11 meses". Sara Falcão, hoje com 23, foi quem cuidou de Jair, que considerava como pai.

Jair era um sonhador e achava as ações de generosidade bonitas. Sempre apostava na Mega-Sena. Dizia que doaria parte do prêmio a um hospital, caso acertasse todas as dezenas.

No Natal, gostava de ser o Papai Noel das crianças de alguma instituição. Quando podia, na data, entregava comida e brinquedos.

Mesmo com dores e a certeza de que a vida seria curta, procurou manter a leveza e o bom humor. Jair morreu no dia 9 de novembro, aos 63 anos, de câncer. Deixou a mulher, cinco filhos, cinco netos e uma enteada.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.