Um sargento da Polícia Militar, de folga, morreu após ser ferido por ao menos cinco tiros, em um latrocínio (roubo seguido de morte), por volta das 21h30 desta segunda-feira (21), na região do Jaguaré, zona oeste da capital paulista.
O celular e a arma do agente teriam sido levados pelos criminosos. Ninguém foi preso.
Guardas-civis metropolitanos, que primeiramente atenderam o caso, foram informados informalmente sobre o fato de o sargento Alexandre Rezende Porto, 48, ter marcado um encontro, por meio de um app de namoro.
Segundo registros do 91º DP (Ceasa) o PM de folga foi abordado por suspeitos quando estava parado, com sua motocicleta, na avenida Presidente Altino. O alvo dos criminosos, segundo a polícia, seria o veículo do sargento, uma moto Ducati Monster 1200, avaliada em quase R$ 50 mil, segundo a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Não se sabe ainda em quais circunstâncias, mas o policial acabou sendo ferido com três tiros nas pernas, um no ombro e outro no lado esquerdo do tórax.
Guardas-civis metropolitanos relataram à PM terem visto duas motos, ocupadas por dois suspeitos cada, fugindo do local do crime. Nenhuma cápsula de munição foi encontrada na via, o que leva a polícia a crer que os criminosos usaram um revólver para atirar contra a vítima.
Uma viatura do 23º Batalhão levou o sargento até o Hospital das Clínicas, onde ele morreu.
O celular e a arma do agente não foram localizados, de acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública). A documentação de uma pistola, calibre 380, foi encontrada com o sargento. A moto dele não foi levada pelos bandidos, que ainda não foram identificados.
O sargento ingressou na PM em 27 de maio de 2002 e atualmente estava lotado no 7º Batalhão da corporação.
O caso foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte) no 91º DP, mas será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
Entre janeiro e setembro deste ano, dez policiais militares de folga morreram ao reagirem a roubos no estado de São Paulo, segundo a corporação. Isso representa 66,6% do total de 15 agentes mortos, fora de serviço, no período.
No ano passado, quatro policiais militares de folga morreram ao reagir a assaltos, em 2021, foram oito e, no ano anterior, seis.
A polícia alerta que criminosos estão usando os app de encontro como isca para agendar local e hora para fazer vítimas.
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