Descrição de chapéu Obituário Regina Fourneaut Monteiro (1944 - 2022)

Mortes: Foi pioneira no psicodrama com grandes grupos

Regina Fourneaut Monteiro fez trabalhos sociais de psicodrama público e escreveu inúmeros livros sobre o tema

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São Paulo

A psicóloga Regina Forneaut Monteiro, apelidada carinhosamente de Réo, foi referência na área do psicodrama, sendo pioneira em trabalhos com grandes grupos no Brasil.

Nascida em São Paulo, em 12 de abril de 1944, ela se formou em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo em 1966 e passou a se dedicar ao psicodrama, uma técnica de psicoterapia na qual os participantes dramatizam cenas, situações e temas propostos pelo grupo para gerar reflexões dentro do processo terapêutico.

A profissional era credenciada pela Associação Argentina de Psicodrama e Psicoterapia de Grupo e foi professora, supervisora e terapeuta pela Febrap (Federação Brasileira de Psicodrama).

Regina Fourneaut Monteiro (1944 - 2022) - Arquivo Pessoal

Deixou sua marca na área por ter realizado mais de 60 psicodramas públicos, sendo reconhecida por ter gerenciado o Psicodrama Público no CCSP (Centro Cultural São Paulo), na Liberdade, zona central da capital paulista. Ela era uma das responsáveis pela coordenação do grupo, que se encontrava todos os sábados, de 2004 a 2013, para realizar os psicodramas gratuitamente.

Regina também escreveu diversos livros, entre os quais "Jogos Dramáticos" (1994) e "O Lúdico nos Grupos" (2012), e organizou as obras "Técnicas Fundamentais do Psicodrama" (1998), "Psicodrama em Espaços Públicos – Práticas e Reflexões" (2014) e "Psicodrama Público na Contemporaneidade: Cenários Brasileiros e Mundiais" (2016), junto com a psicóloga Mariângela Pinto da Fonseca Wechsler. Além disso, escreveu artigos publicados em livros e revistas especializadas sobre o tema.

"Ter estado perto da Réo no grupo de coordenação do projeto Psicodrama Público no CCSP desde 2004 foi um presente para mim, pois construímos uma parceria potente. Ela era uma mulher determinada, sensível, verdadeira, uma ativista social, deixa muitas marcas na singularidade de muitos amigos, colegas, cidadãos brasileiros", diz Mariângela.

Por ter ficado com a mobilidade afetada devido a uma prótese de quadril, Regina decidiu se afastar das atividades profissionais e se mudar para a Praia Grande, no litoral paulista, há dez anos. Ela morreu por complicações cardíacas aos 78 anos, no dia 18 do mês passado.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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