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Metrô e PM farão parceria para fazer a segurança em estações em SP

Metroviários relataram a ocorrência de diversos crimes nos últimos dias

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São Paulo

A Polícia Militar de São Paulo e o Metrô vão estabelecer uma parceria para reforçar a segurança dentro e no entorno das estações. Segundo os responsáveis, o trabalho dos policiais se dará por meio da Dejem (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar).

Trata-se do "bico oficial", bastante usado em operações delegadas em áreas de comércio popular, por exemplo.

Em nota divulgada nesta terça-feira (6), o Metrô afirmou que a parceria já foi estabelecida no transporte sobre trilhos com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

A parceria entre PM e CPTM teve início em janeiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19, quando 445 vagas foram abertas para que policiais cuidassem, à época, de 28 das 94 estações.

Nas últimas semanas, metroviários têm apontado a ocorrência de uma série de crimes praticados dentro das estações do Metrô, citando a redução no número de funcionários como um dos motivos para a ação dos criminosos.

Passageiros caminham pela plataforma da linha 3-vermelha do metrô na estação República, na região central de São Paulo - Rubens Cavallari - 27.jun.2022/Folhapress

Segundo metroviários, ladrões têm roubado celulares de passageiros nas plataformas das estações. Um grupo formado por cinco criminosos teria, por exemplo, apontado arma de fogo e tomado o telefone de uma passageira na estação Liberdade, da linha 1-azul, no início desta semana.

Existe a suspeita de que os mesmos bandidos tenham praticado crime semelhante nas estações Tatuapé, da linha 3-vermelha, Conceição e Santana, ambas na linha 1-azul.

Também há relatos de agressões contra funcionários da companhia. Em um dos casos, um metroviário foi esfaqueado na estação São Bento, da linha 1-azul, após abordar um passageiro que insistia em cruzar a catraca fumando um cigarro, o que é proibido.

Coordenadora geral do Sindicato dos Metroviários e eleita para a presidência da entidade (tomará posse em 6 de novembro), Camila Lisboa afirma que, quando se perde funcionários, os problemas começam a aparecer.

A sindicalista também critica a parceria entre a PM e o Metrô. "A gente acha totalmente errado ter PMs armados dentro do metrô. O que a gente precisa é de mais agentes de segurança concursados", afirma.

Segundo Camila, a presença dos agentes de segurança da própria companhia já foi provada na prática como uma solução. "O metrô sempre foi um local seguro", diz. No Twitter, a coordenadora do sindicato disse que a adoção de policiais de folga dentro das estações é uma "gambiarra".

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