Arno Donaduzzi era um homem do campo. Gostava de sentir as mãos na terra, de plantar. Sempre dizia à esposa que, quando morresse, gostaria de ser levado de volta à sua fazenda.
Ainda criança, saiu de Jaguari (RS) rumo à região oeste do Paraná para que seu pai tivesse novas oportunidades de trabalho; ele as encontrou na lavoura. Foi do pai que Arno herdou o gosto por máquinas agrícolas.
Em 1993, foi uma das peças-chave para o início da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi em Toledo (PR), a convite de Luiz Donaduzzi, seu irmão, e Celso Prati, seu cunhado. À empresa, Arno levou o conhecimento e a experiência com maquinário.
Atuou até 2014 no Grupo Prati-Donaduzzi, com passagem por diversos setores como obras, transporte, manutenção e embalagens. Também foi o responsável pela criação da área de engenharia e manutenção na firma.
Após 20 anos na empresa, comprou uma fazenda e resolveu resgatar suas raízes no campo.
“O Arno sempre foi muito organizado, trabalhador e ético. Agregador, ele tinha um jeito especial de lidar com as pessoas”, diz a cunhada e sócia Carmen Donaduzzi.
Um de seus dons era compartilhar. A vida evidenciou o lado humano, de compreender, se preocupar e ajudar as pessoas.
“Fica o legado de que é preciso ajudar o próximo e ensinar as pessoas para que sejam melhores. Sua marca era a bondade”, afirma Carmen.
Arno Donaduzzi morreu no dia 3 de junho, aos 58 anos, em decorrência de complicações de uma leucemia. Deixa esposa e dois filhos.
Na fazenda que tanto amava será construída uma capela para abrigar as suas cinzas.
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