O complexo esportivo do Ibirapuera vai abrigar o terceiro hospital de campanha construído em São Paulo para receber pacientes com a Covid-19. No total, somando-se as estruturas erguidas no estádio do Pacaembu e no Anhembi, a cidade terá 2.240 leitos de baixa complexidade temporários.
O local será destinado a pacientes vindos de unidades de pronto atendimento, das redes municipal e estadual, desafogando outras unidades de saúde para atendimentos de casos mais graves. As obras no ginásio poliesportivo começaram no último fim de semana e, segundo o governador João Doria, serão finalizadas até o dia 1º de maio.
"A principal medida que cabe a cada um de nós para mitigar a sobrecarga do sistema de saúde é o isolamento social. Estamos acompanhando uma tendencia de incremento no número de pacientes infectados, quanto mais pudermos alongar esse processo [de aumento], menos pressão fazemos na rede de saúde, sobretudo em UTIs", diz Eduardo Ribeiro Adriano, secretário-executivo de saúde de São Paulo.
Diferentemente do Pacaembu e do Anhembi, parcerias da prefeitura municipal com outras entidades, a estrutura do Ibirapuera é fruto de uma parceria entre o governo do estado e a organização privada sem fins lucrativos, Seconci (Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo).
O novo espaço terá 7,5 mil metros quadrados, com 240 leitos de baixa complexidade, 28 leitos de estabilização, sala de descompressão, consultórios médicos e tomografia.
De acordo com o governador, o custo estimado para a construção do local será de R$ 12 milhões e o custeio mensal de manutenção da operação, R$ 10 milhões. Ao todo, cerca de 800 profissionais, sendo por volta de 500 da área de enfermagem, vão trabalhar neste hospital, contratados pela Seconci. Não há data prevista para o encerramento das atividades.
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