Paulão era conhecido pela raça na quadra e pelos arremessos certeiros da entrada do garrafão.
Com 2,04 metros de altura, o pivô fez história no clube Franca nos anos 1980, ao lado de nomes como Guerrinha, Chuí e Fernando Minucci.
Naquela década, Paulo Meindl Von Berger seria peça de um time que venceu dois títulos estaduais, dois brasileiros e dois sul-americanos.
As boas atuações fizeram com que participasse da seleção brasileira vencedora do Campeonato Sul-Americano de 1989.
"Paulão representa o cara do bem, tranquilo, sereno, muito família", diz Lula Ferreira, supervisor técnico do Franca e amigo do ex-jogador.
Ele conheceu Paulão ainda na ativa como atleta, enquanto era treinador do Palmeiras. "Na época, foi uma conquista trazê-lo para o time", lembra.
Paulão continuaria no basquete, mas fora das quatro linhas. Ele virou assistente técnico de Lula e técnico das categorias de base do Franca.
"Como técnico ele tinha uma visão bem humana, que não se focava apenas em qualidade técnica. E não era daquele tipo que dá bronca, mas o que corrige, mostra o caminho", diz Lula.
Como exemplo do olhar de Paulão, Lula cita a aposta dele no jogador Alexey, mais baixo do que a média no esporte e que nas categorias de base apresentava dificuldades. Hoje, o armador de 1,81 metro é um dos principais nomes do Franca.
Paulão também ajudou na formação do filho, Léo Meindl, jogador do Paulistano e da seleção brasileira.
Nos últimos anos, devido a crises cardíacas, Paulão se afastou do basquete. Morreu em decorrência da doença no dia 23, aos 55 anos. Deixa a mulher e dois filhos.
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