Quando Alfredo foi encarregado de representar o setor de transportes de cargas em Brasília, no fim dos anos 70, não se esperava tamanha desenvoltura no cumprimento da função.
Segundo Geraldo Viana, ex-presidente da NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), Alfredo se adaptou rápido e construiu uma boa rede de relacionamento na capital. "Ele era um diplomata nato", diz o antigo colega. O jeito sereno e a seriedade distinta com que exercia suas funções o tornaram destaque na área.
A filosofia de trabalho era republicana. "Nunca pleiteamos 'no escurinho do cinema' aquilo que não podíamos dizer em público", afirma Viana. Os interesses do setor eram defendidos quando convergiam com o interesse público.
Assim, o sul-matogrossende de Corumbá construiu carreira no meio. Passou por diversas entidades do setor de transportes além da NTC, como a CNT, a ABTC, a Fenatac e a Ampef.
Sua biografia é marcada, sobretudo, pela implementação de medidas mais seguras para o setor viário no país.
Participou da elaboração do anteprojeto do Código de Trânsito Brasileiro e, de 2005 a 2010, foi diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e presidente do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
Nestas funções, atuou para que se tornassem obrigatórios itens de segurança em carros como o airbag e o freio a disco.
Alfredo morreu neste domingo (13), aos 71, em decorrência de um câncer. Deixa a mulher, Voni, os filhos Alexandre, Ana Cláudia, Amanda e Pedro Henrique, e dois netos.
Ele será velado nesta terça-feira (15), a partir das 13h, no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília.
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