Crivella visita 'guerra da Rocinha' e enfrenta cobran�a de moradores
Ap�s enfrentar cobran�as sobre a aus�ncia do poder p�blico e dizer que a favela da Rocinha precisava de um "banho de loja", o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), visitou a comunidade na tarde de quarta-feira (27) e ouviu queixas de moradores.
Crivella subiu o morro, alvo de um cerco das For�as Armadas desde sexta (22), e esteve no beco que foi epicentro da guerra entre traficantes iniciada dez dias antes.
A despeito da crise fiscal que come�a a chegar aos cofres do munic�pio, prometeu buscar recursos para consertar o val�o, esgoto a c�u aberto de grandes propor��es que corta a comunidade e onde h� muito lixo acumulado. Geladeiras, m�quinas de lavar e sof�s jazem no rio de esgoto visitado por Crivella.
"Tem que tampar o val�o, prefeito. Tem que abrir pra�as para as crian�as brincarem", cobrou Rosilda Balbino, a "tia Rosilda do Transporte", que gerencia um servi�o de transporte comunit�rio h� 18 anos na favela.
Em raz�o dos confrontos entre fac��es em meio � disputa pelo controle do tr�fico, blindados das For�as Armadas se posicionaram na estrada da G�vea, impedindo a rota de �nibus escolares na �nica rua de tr�fego de ve�culos de quatro rodas na Rocinha.
Crivella circulou por �reas raramente visitadas pelas autoridades ap�s ter declarado na semana passada que a presen�a das for�as de seguran�a deveria ser aproveitada para que a prefeitura fizesse um "banho de loja" na favela.
"A gente n�o precisa de banho de loja", disse uma moradora, apontando para ag�ncias banc�rias, lojas de roupas, lanchonetes e academias que ficam na Via �pia, uma das principais do morro. "A gente precisa � de visibilidade, sa�de e educa��o", cobrou ela, que pediu para n�o ter seu nome divulgado.
EFETIVO REDUZIDO
Apesar de a Rocinha completar dois dias sem confrontos armados, segundo moradores, traficantes circulam livremente pela comunidade durante a noite, quando h� efetivo policial reduzido. O com�rcio voltou a funcionar –mas com menos movimento.
O contingente das For�as Armadas na favela diminuiu em rela��o aos dias anteriores. Militares que patrulhavam becos no alto do morro est�o agora concentrados nas esquinas das principais vias. Crivella ouviu dos moradores a necessidade de serem abertas mais ruas na favela.
O prefeito disse que a prioridade � a reabertura da biblioteca p�blica da Rocinha, melhorar a fia��o e resolver a quest�o do val�o. A ideia � tapar os pontos expostos para evitar que as pessoas continuem a jogar lixo no local. Em decreto desta semana, por�m, a prefeitura anuncia que s� pagar� fornecedores em 2018. "Ele prometeu que buscaria recursos em Bras�lia", disse Renato Lima, corretor de im�veis na Rocinha.
O secret�rio de Obras, �ndio da Costa, chegou a se desgarrar da comitiva –enquanto membros de sua equipe transmitiam a visita ao vivo pelas redes sociais. Chegou a cortar cabelo em uma barbearia –enquanto moradores se queixavam da demora para a��es do poder p�blico.
"Agora eles v�m. Aqui tem 100 mil pessoas. Menos de 10% � bandido. Nunca olharam pra gente e n�o parece que agora vai ser diferente", disse uma comerciante da Rua 2, onde casas, com�rcio, postes est�o crivados de bala. Ap�s a entrada das For�as Armadas, muitos criminosos se refugiaram na mata no alto do morro ou fugiram para outras favelas do Rio.
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