Secret�rio de Sa�de de Doria promete zerar fila para exames em 3 meses
O futuro secret�rio de Sa�de de S�o Paulo, Wilson Pollara, prometeu nesta segunda-feira (12) zerar a fila de exames da rede municipal em at� tr�s meses com o "Coruj�o da Sa�de", promessa do prefeito eleito Jo�o Doria (PSDB), que assume o cargo no pr�ximo dia 1�.
Principal bandeira de campanha tucana na �rea da sa�de, o programa prev� o uso de instala��es da rede hospitalar privada das 20h �s 8h para acabar com uma fila estimada em 417 mil exames. A pr�xima gest�o estima gastar em torno de R$ 20 milh�es, segundo Pollara.
Sem explicar como os pacientes ser�o convocados, Pollara disse que o Coruj�o da Sa�de come�a no dia 2 de janeiro, primeiro dia �til tucano � frente da prefeitura.
"O 'Coruj�o' tem come�o e fim. O 'Coruj�o' vai ser por 90 dias. Porque n�s acreditamos que em 90 dias n�s vamos conseguir cumprir esse estoque de pacientes. E da� para frente n�s esperamos que, com uma melhor gest�o, a pr�pria estrutura do SUS possa absorver essa necessidade de exames sem criar essas esperas absurdas", disse o futuro secret�rio, em reuni�o do Conselho Superior de Gest�o de Sa�de do Estado de S�o Paulo.
Atualmente, 416.558 procedimentos aguardam para ser realizados na rede municipal de sa�de. Para zerar a fila, cada hospital ter� de realizar 93 exames por dia. A maior fila � a de ultrassom, com 251.192 procedimentos, ou seja, 51,6% do total.
"Quando n�s fomos estudar essa quest�o do 'Coruj�o', n�s vimos que existia um local em que o paciente estava esperando tr�s meses para fazer o exame, e o local ao lado tinha disponibilidade dentro do SUS", continuou.
O objetivo do prefeito eleito � ter uma rede de 50 hospitais privados no programa. De acordo com Pollara, institui��es filantr�picas t�m procurado a pr�xima gest�o para fornecer exames, de modo que a prefeitura at� pouparia dinheiro, que n�o teria que pagar pelo servi�o nesses casos.
Para Oswaldo Yoshimi Tanaka, professor o Departamento de Pr�tica de Sa�de P�blica da Faculdade de Sa�de P�blica da USP (Universidade de S�o Paulo), � poss�vel zerar a fila em 90 dias, mas o Coruj�o s� vai funcionar se houver um estudo aprofundado de cada paciente e de sua log�stica. "N�o adianta voc� marcar o exame para um idoso ou para uma crian�a de 3 anos durante a madrugada porque eles n�o v�o at� l� para fazer", disse o professor.
Propostas para sa�de do prefeito eleito Jo�o Doria
O aposentado Osvaldo Garcia de Souza, 66 anos, espera desde setembro de 2015 pela marca��o de um eletroneuromiografia (avalia��o do sistema nervoso) nos bra�os e pernas, pedido por um m�dico na UBS (Unidade B�sica de Sa�de) Vila Isolina Mazzei, na zona norte. "O atendimento nem � feito mais l�, passou para a UBS da Vila Guilherme", afirmou.
Ele diz sofrer com dores nos p�s. "O m�dico disse para voltar apenas quando tiver o resultado do exame", conta ele, que ter� de esperar ao menos mais um m�s, segundo a Secretaria Municipal da Sa�de, pois a fila m�dia para esse exame � de 1,3 ano.
Dores tamb�m s�o problemas do mec�nico de manuten��o Jefferson de Oliveira Ramos, 23 anos, que esperou seis meses por uma resson�ncia magn�tica por conta de h�rnia de disco. A demora, diz, o fez perder tr�s per�cias no INSS.
VAGAS
Os servi�os municipal e estadual de distribui��o de vagas em hospitais ser�o unificados no ano que vem. O secret�rio estadual da Sa�de, David Uip, n�o disse, no entanto, quando a Cross (Central de Regula��o de Ofertas de Servi�os de Sa�de), do governo do Estado, e o Siga Sa�de, da prefeitura, v�o funcionar conjuntamente, no centro da capital.
Os governos tucanos tamb�m pretendem unificar o Samu (Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia) e o socorro do Corpo de Bombeiros em um �nico telefone de chamada. "Essa integra��o j� come�ou em setembro", disse Uip.
As secretarias municipal e estadual da Sa�de pretendem transformar quatro carretas que servem para realiza��o de servi�os do Poupatempo em consult�rios para exames e atendimento.
Wilson Pollara tamb�m disse que agentes de sa�de ser�o transformados em gestores para melhorar a aten��o b�sica, orientando a popula��o.
"N�o adianta voc� resolver o fim da fila de exames, por exemplo, se n�o arrumar a ponta, cujo problema est� o atendimento prim�rio", afirmou Eder Gatti, presidente do Simesp (Sindicato dos M�dicos de S�o Paulo).
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