Alvo da pol�cia, Cine Marrocos j� foi um dos mais luxuosos de S�o Paulo
Inaugurado em 1952, o Cine Marrocos j� foi um dos cinemas mais luxuosos da capital paulista. Com o cinema desativado h� d�cadas, o im�vel foi comprado pela prefeitura para abrigar a Secretaria Municipal de Educa��o.
O pr�dio, por�m, foi invadido em 2013 pelo MSTS (Movimento Sem-Teto de S�o Paulo), e, desde ent�o, acumula uma s�rie de pol�micas. Ao menos 32 pessoas foram detidas na manh� desta sexta-feira (5) durante opera��o policial contra o tr�fico de drogas no Cine Marrocos e na cracol�ndia.
O local cobra cerca de R$ 200 por m�s dos moradores como uma esp�cie de "taxa de condom�nio", conforme revelou a Folha em outubro. O MSTS justifica a cobran�a como despesas de manuten��o. No pr�dio, os elevadores manuais s�o operados por ascensoristas, h� 168 c�meras de vigil�ncia e uma cozinha coletiva que serve at� 80 refei��es di�rias gratuitas.
Fundado h� quatro anos, o MSTS alardeia, em sua p�gina, que oferece em suas ocupa��es "uma completa estrutura, com portaria 24 horas, estrutura hidr�ulica e el�trica em todos os andares habitados, elevadores, escadas e portarias bem iluminadas e desobstru�das, rede de circuito fechado de monitoramento." Entre suas finalidades, a organiza��o elenca o apoio � popula��o desassistida e o acesso � habita��o por meio de conv�nios com o poder p�blico federal, estadual e municipal.
Em 2014, jornais mostraram que fam�lias sem moradia conseguiram vaga na ocupa��o ap�s obterem um atestado de pobreza emitido pela pr�pria prefeitura. Os documentos eram assinados por funcion�rios da Secretaria Municipal de Assist�ncia e Desenvolvimento Social, que encaminhavam fam�lias para a ocupa��o.
� �poca, membros do MSTS disseram que a pr�tica era rotineira. Naquele ano, o local passou a receber uma s�rie festas com entrada paga. A bilheteria do antigo cinema era transformada em caixa de bar, com m�quina de cart�o. A renda era compartilhada entre os organizadores e o MTST.
No ano passado, uma crian�a de dois anos morreu ao cair do 12� andar do pr�dio. Segundo moradores relataram � reportagem na �poca, havia uma cama no local que facilitava o acesso da crian�a � janela. Ela vinha de Guarulhos com a m�e e um irm�o de seis anos, e morava no local havia tr�s meses.
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