Sem cumprir promessas, Haddad s� elege culpados de fora da sua gest�o
Marcelo D. Sants/FramePhoto/Folhapress | ||
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O prefeito Fernando Haddad durante a coletiva da 20� Parada do Orgulho LGBT |
Boa parte das principais metas da gest�o do prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad (PT), em �reas como educa��o, transporte e habita��o n�o ser� cumprida at� o fim do mandato, em dezembro deste ano. Para justificar o atraso, o petista s� costuma culpar fatores externos.
Haddad responsabiliza o TCM (Tribunal de Contas do Munic�pio), a Justi�a, a tarifa de �nibus e o IPTU congelados por press�o das ruas e da oposi��o, e, principalmente, o governo federal, que era comandado, at� o come�o do m�s passado, pela colega de partido Dilma Rousseff.
O prefeito prometeu, por exemplo, construir 150 km de corredores de �nibus. At� agora, a poucos meses do fim do seu mandato, apenas
34,4 km foram entregues. Outros 20 km est�o em obras.
Para Haddad, a lentid�o ocorreu por causa da interrup��o dos repasses do PAC (Plano de Acelera��o do Crescimento), do governo federal. No entanto, as licita��es de boa parte dos corredores atrasaram. Quando sa�ram, o Tribunal de Contas apontou diversas falhas, e editais tiveram que ser refeitos. Haddad argumenta que a falta de repasses deu passo lento a outras obras importantes de seu mandato.
Dos 20 CEUs prometidos, apenas um foi entregue; oito est�o em obras e seis v�o come�ar a ser erguidos em junho. Das 55 mil moradias, s� 8.586 est�o prontas –19 mil, diz, est�o em constru��o.
Especialistas em habita��o social criticam a depend�ncia que prefeituras e Estados t�m dos recursos do Minha Casa, Minha Vida como principal fonte de financiamento.
Com a dr�stica queda dos repasses do programa federal nos �ltimos dois anos, prefeitos que contavam com a verba ficaram na m�o. Entre eles, Fernando Haddad.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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Na elei��o, uma das principais promessas do petista era levar para a cidade verbas federais. Na �poca, ele dizia que, depois de gest�es municipais com pouco investimento federal, sua proximidade com a presidente Dilma garantiria os recursos. N�o foi o que ocorreu, pois a maior parte do dinheiro n�o apareceu.
Haddad culpa a crise econ�mica. "Em 2013, quando criamos o plano de metas, ningu�m imaginava o que estamos vivendo hoje. Ele foi criado com a perspectiva de crescimento econ�mico, n�o de recess�o", justifica.
Outras metas n�o ser�o cumpridas integralmente, como a constru��o de creches. Neste caso, a prefeitura culpa a dificuldade de encontrar terrenos dispon�veis (problema que j� era conhecido) e a falta de verba federal.
Na �rea da sa�de, o petista dever� entregar dois grandes hospitais e mais de uma dezena de unidades menores. Mas nem todas as 43 UBS (Unidades B�sicas de Sa�de) prometida ser�o finalizadas.
OUTROS CULPADOS
Outros agentes contribu�ram para a lentid�o, afirma Haddad. Um deles � a Justi�a, que congelou o reajuste do IPTU em 2014. "A Justi�a s� julgou um ano depois, algo in�dito na cidade. Isso representa R$ 800 milh�es." Outro congelamento, para ele, atrapalhou sua gest�o: o da tarifa do �nibus, ap�s os protestos de junho de 2013. "S�o R$ 1,5 bilh�o a menos."
"O passe livre n�o estava previsto. S�o mais de 800 mil pessoas que n�o pagam mais passagem. Isso � colossal", diz Haddad, sobre sua decis�o de dar gratuidade para estudantes da rede p�blica. Idosos com 60 anos tamb�m ganharam o passe livre, em 2014.
"As principais medidas do Haddad n�o tiveram grandes gastos, como faixas de �nibus, ciclovias, melhora da mobilidade, Controladoria. Por outro lado, hoje dificilmente algu�m voltaria atr�s em alguns pontos, como a diminui��o da velocidade dos carros", afirma Marco Antonio Teixeira, cientista social da FGV.
O petista rebate: "Tudo est� sendo feito", diz. Mas a prefeitura n�o teve culpa nenhuma na lentid�o? Haddad pensa por alguns segundos.
"Olha, a gente tem humildade de dialogar... Mas n�o era poss�vel prever o que aconteceu em junho de 2013 e depois das elei��es presidenciais...", responde e enumera, de novo, os culpados de fora de sua gest�o.
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