M�s de abril tem seca recorde em reservat�rios da Grande S�o Paulo
A seca e o calor que incomodaram os paulistanos em abril afetaram os reservat�rios da Grande SP. Dos seis mananciais, quatro registram neste m�s o menor �ndice de chuvas da hist�ria.
No Cantareira, o principal sistema da regi�o metropolitana, foram apenas 3,9 mm de chuva nos 28 primeiros dias do m�s –a m�nima hist�rica de abril � de 7,6 mm (cada mil�metro equivale a um litro de �gua por m�). O cen�rio, que se repete nas represas de Guarapiranga, Alto Tiet� e Rio Claro, fez acender o sinal amarelo entre especialistas, principalmente em rela��o ao sistema Cantareira.
Para eles, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) se precipitou ao "decretar" no m�s passado o fim da crise h�drica no Estado, o que foi seguido pela extin��o de medidas que buscavam a economia de �gua, como o b�nus e a sobretaxa nas contas.
"No caso do Cantareira, a situa��o hoje � pior do que a de abril de 2013, quando ningu�m falava em crise h�drica [que come�aria no in�cio de 2014]", diz o ge�logo da USP Pedro Cortes, especialista em Recursos H�dricos.
Hoje, o volume �til do Cantareira (sem contar o volume morto) tem 36,1% de �gua. Em 2013, nesta �poca do ano, tinha 63,1%, relembra Cortes. Segundo ele, h� risco de o Cantareira voltar a entrar no volume morto at� o in�cio do pr�ximo per�odo chuvoso, no final do ano.
Somando-se o volume �til e o morto, o manancial tem hoje 50,8% da capacidade. A escassez de chuva n�o foi a �nica not�cia ruim de abril para o Cantareira. A quantidade de �gua que entrou pelos rios no sistema tamb�m foi baixa.
A vaz�o m�dia aferida desde o dia 1�, segundo a ANA (Ag�ncia Nacional de �guas), foi de 20,12 mil litros por segundo. O volume est� abaixo da m�dia hist�rica (42,87), mas, por outro lado, acima do registrado em 2014 (13,46), ano mais agudo da crise.
"O sinal amarelo voltou", diz o engenheiro Luiz Roberto Gravina Pladevall, presidente da Apecs (Associa��o Paulista de Empresas de Consultoria e Servi�os em Saneamento e Meio Ambiente).
"� verdade que o ano de 2014 foi bastante at�pico na nossa s�rie hist�rica, mas este m�s de abril tamb�m est� sendo", afirma. "E, se isso for um pren�ncio do que vir�, poderemos ter a volta dos problemas de abastecimento."
A previs�o meteorol�gica de que poder� chover pouco no pr�ximo inverno, por causa do fen�meno La Ni�a, que esfria as �guas do oceano Pac�fico, refor�a as cores amarelas do sinal.
O governo de S�o Paulo e a Sabesp, companhia de �gua paulista, rejeitam a possibilidade de crise e afirmam que o abastecimento durante o ano de 2016 vai ser normal.
"N�o h� qualquer sinal de necessidade de bombeamento do volume morto do sistema Cantareira nos pr�ximos meses", afirma a secretaria de Recursos H�dricos da gest�o Alckmin.
A Sabesp ressalta que a quantidade de �gua reservada neste per�odo do ano � maior do que a dos dois anos anteriores e que o consumo, por causa da crise h�drica, tamb�m est� menor. "� ainda pequena a probabilidade de repeti��o de um per�odo t�o seco", afirma a companhia.
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