Ap�s 4 anos, shopping para acolher Feira da Madrugada n�o sai do papel
Planejado em 2011, aquele que seria um complexo de compras numa �rea onde hoje funciona a Feira da Madrugada no bairro do Br�s, no centro de S�o Paulo, est� travado.
Uma auditoria do TCM (Tribunal de Contas do Munic�pio) constatou irregularidades no edital da licita��o, que prev� investimentos de R$ 1,5 bilh�o.
No �ltimo dia 21 de fevereiro, ap�s notifica��o do TCM, a prefeitura suspendeu a concorr�ncia. A abertura dos envelopes com as propostas estava prevista para este m�s. Agora, n�o h� mais data prevista para isso.
O impasse ocorre no momento em que a prefeitura faz uma fiscaliza��o para fechar boxes que funcionam ilegalmente dentro do com�rcio.
Moacyr Lopes Junior - 11.out.2013/Folhapress | ||
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Vista a�rea da �rea onde funciona a Feirinha da Madrugada, na regi�o do Br�s, centro de S�o Paulo |
A feira existe desde 2005 na �rea municipal conhecida como P�tio do Pari, quando passou a receber camel�s ilegais que atuavam na regi�o central e hoje vendem de roupas a eletroeletr�nicos para as cerca de 35 mil pessoas que chegam ali diariamente.
De l� para c�, a feira foi alvo de investiga��es policiais que apontaram esquemas de venda de boxes e ocupa��o desordenada da �rea, numa disputa entre grupos de comerciantes que queriam comandar o neg�cio.
A feira chegou a ter cerca de 6.000 boxes, quase metade deles ilegais. Ap�s opera��es da prefeitura e das pol�cias Civil e Militar, o n�mero foi reduzido quase � metade.
Em 2011, o ent�o prefeito Gilberto Kassab (PSD) anunciou o projeto de transformar a �rea num shopping e fazer um circuito de compras interligando os centros de com�rcio popular da cidade (Br�s, S�, Santa Ifig�nia e Bom Retiro) –a regi�o toda recebe 500 mil pessoas por dia, segundo a prefeitura.
A gest�o Haddad revisou o projeto –que prev� shopping, hotel e estacionamentos– em 2014 e agora quer coloc�-lo de p�. A meta � iniciar as obras em 2016, com previs�o de entrega para 2020. A empreitada est� na mira de grupos empresariais interessados na concess�o que valer� por 35 anos.
Antigos camel�s que hoje t�m bancas na feira temem perder o espa�o quando houver a licita��o. A prefeitura, por�m, diz que os que trabalham com permiss�o atualmente dever�o ser mantidos no novo neg�cio, que ser� administrado pelo vencedor.
Diante de questionamentos do TCM, a gest�o Fernando Haddad (PT) teve que refazer o edital. Entre os problemas apontados pelo tribunal est�o aus�ncia de cronograma das obras durante a concess�o, n�o atendimento do prazo para realiza��o de edital e defici�ncia no plano de neg�cios apresentado.
Em nota, a SDTE (Secretaria do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo), respons�vel pelo projeto, diz que optou por suspender o certame para atender ao TCM, mas que dar� agilidade ao processo.
"A decis�o teve por fundamento o atendimento ao �rg�o fiscalizador e como consequ�ncia a imediata mobiliza��o das equipes t�cnicas da prefeitura e do TCM para a r�pida solu��o das demandas apontadas", diz o texto.
Segundo a prefeitura, j� foram realizadas duas reuni�es com os respons�veis em mar�o e a resposta com as altera��es no edital j� foi enviada. Ainda n�o h� decis�o do tribunal sobre a resposta.
TUMULTO
Nos �ltimos dias, os clientes da Feira da Madrugada t�m se surpreendido com o fechamento dos port�es principais ao meio-dia.
Nesta quarta, a Folha presenciou o momento em que os port�es foram fechados pelos seguran�as do estabelecimento sob a observa��o de policias da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e da Pol�cia Militar. Durante alguns minutos, a sa�da pela rua Monsenhor Andrade foi totalmente fechada impedindo que os clientes e donos de boxes deixassem o local. Do lado de fora, alguns comerciantes come�aram a reclamar sobre o fechamento do port�o.
Houve um princ�pio de tumulto, mas a pol�cia liberou a sa�da pela Monsenhor. Do outro lado, os clientes entravam sem grandes problemas para conseguir retornar aos �nibus.
O presidente da Acircom (Associa��o do Circuito das Compras), Sabino Neto, afirmou que durante nove anos a feira funcionou das 2h �s 16h e, que nos �ltimos dias, a administra��o alterou o hor�rio, prejudicando �s vendas e a circula��o de pessoas.
"Estamos tendo preju�zo, n�o s� a feira, mas toda a regi�o. O fechamento dos port�es ao meio-dia tem atrapalhado todo o fluxo de clientes que vem do Brasil inteiro para a feira. Todas as outras lojas continuam abertas na rua, exceto a Feira da Madrugada", disse Neto.
A GCM afirmou que segue orienta��es de uma portaria publicada no ano passado que estabelece o encerramento da feira ao meio-dia. A PM informou que tem refor�ado o policiamento na regi�o para evitar roubos a consumidores.
Neto afirmou que nesta quinta-feira (6) uma comiss�o formada por integrantes da associa��o da feira ir� se reunir com a administra��o do local para tratar sobre o hor�rio de fechamento dos port�es.
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