Ap�s reuni�o, sem-teto diz que Dilma estuda desapropriar �rea em Itaquera
A presidente Dilma Rousseff recebeu lideran�as do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) na tarde desta quinta-feira (8), em S�o Paulo, para discutir o acesso ao programa Minha Casa, Minha Vida e a situa��o da ocupa��o Copa do Povo, em Itaquera (zona leste da capital), a 3 km do est�dio que sediar� a abertura da Copa do Mundo.
Segundo o MTST, a verba destinada �s empreiteiras para construir moradias populares pelo programa do governo federal n�o corresponde ao alto custo dos terrenos na capital paulista. Assim, as empresas construtoras optam por erguer as casas em �reas nas periferias e no interior do Estado, inviabilizando a iniciativa no munic�pio.
Outra reivindica��o do grupo � o aumento do valor m�ximo de renda familiar para entrar no Minha Casa, Minha Vida, que atualmente � de R$ 1.600.
Dilma atendeu a um pedido do l�der do movimento dos sem-teto de S�o Paulo, Guilherme Boulos, e os recebeu pessoalmente. Em seguida, determinou que uma equipe do Minist�rio das Cidades atenda a comiss�o que representa o MTST nos pr�ximos dias para tratar do acesso ao Minha Casa, Minha Vida.
O encontro durou cerca de 20 minutos e aconteceu na pista de pouso no bairro de Itaquera, perto da Arena Corinthians. Dilma faz uma visita ao est�dio que vai sediar a abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho.
No fim da pequena reuni�o, Boulos e seus companheiros posaram para fotos ao lado da presidente.
Divulga��o | ||
Presidente Dilma Rousseff e o prefeito Fernando Haddad participam de reuni�o com membros do MTST |
"O encontro foi muito positivo. Discutimos pautas nacionais do movimento sem-teto em rela��o ao Minha Casa, Minha Vida", disse � Folha Guilherme Boulos.
Segundo o l�der sem-teto, a presidente tamb�m se comprometeu a analisar a situa��o do terreno onde est� a ocupa��o Copa do Povo e a possibilidade de transform�-lo em moradia popular. "Ela [presidente] se comprometeu a estudar a possibilidade de uma interven��o federal na Copa do Povo e, eventualmente, uma desapropria��o", disse.
Tamb�m esteve presente na reuni�o o prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad. Segundo Boulos, Haddad tamb�m se comprometeu a estudar a desapropria��o do terreno Copa do Povo, pr�ximo ao est�dio do Itaquer�o. A ideia � que o governo federal arque com o custo da desapropria��o.
Outro l�der do MTST que tamb�m participou da reuni�o com a presidente e o prefeito, Josu� Rocha, afirmou que o tema manifesta��es n�o esteve em pauta na conversa. Segundo ele, o movimento n�o prometeu interromper os protestos, e a presidente tamb�m n�o fez nenhum pedido a esse respeito.
Considerado �rea rural, o terreno onde est� a invas�o Copa do Povo n�o paga IPTU, conforme a Folha mostrou na �ltima quarta-feira. Paga apenas o ITR (imposto Territorial Rural), que � um tributo federal.
Neste ano, a construtora Viver (ex-Inpar) comprou a �rea por R$ 5,2 milh�es. Segundo a �ltima avalia��o do terreno registrada no cart�rio de im�veis, em 2013, o terreno j� custaria R$ 22 milh�es.
PROTESTOS
A 35 dias do in�cio da Copa do Mundo, uma onda de protestos voltou a ocorrer nesta quinta-feira no pa�s, direta ou indiretamente relacionados com a realiza��o do Mundial.
Em S�o Paulo, cinco manifesta��es de sem-teto que tem como mote cr�ticas aos gastos com a realiza��o do Copa interditaram vias. Os manifestantes invadiram temporariamente sedes de tr�s empreiteiras que fazem obras do evento -Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez.
Tr�s atos promovidos pelo MTST foram suspensos durante a tarde por conta da reuni�o do movimento com a presidente Dilma. Eles tinham iniciado na pra�a do Ciclista, na avenida Paulista, e nas esta��es Butant� do metro e Berrini da CPTM. Outros dois sa�ram da zona sul e terminaram na ponte do Socorro e outro na avenida Paulista.
Duas construtoras foram invadidas por parte dos manifestantes, no protesto que reuniu membros do MTST e do MST (Movimento dos Sem-Terra). Cerca de 100 pessoas tomaram o sagu�o de entrada da Odebrecht e picharam, colaram cartazes e atiraram bexigas de tinta nas paredes.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Simultaneamente � invas�o da Odebrecht, construtora respons�vel pelas obras do est�dio do Itaquer�o, o hall de entrada da construtora OAS tamb�m foi tomado por sem-teto e integrantes do MTST e MST. Dentro do pr�dio manifestantes diziam palavras de ordem.
No Rio, a popula��o amanheceu praticamente sem �nibus. Motoristas e cobradores est�o em greve por 24 horas. Pelo menos 325 �nibus foram depredados durante a manh� em v�rios ataques pela cidade. Eles reivindicam aumento de sal�rio.
Situa��o parecida foi enfrentada na Grande Florian�polis. Mais de 300 mil passageiros ficaram sem transporte coletivo por causa de uma paralisa��o de motoristas e cobradores.
J� na regi�o metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, moradores bloquearam dois trechos da BR-040 entre a capital mineira e Bras�lia. O grupo quer melhorias no transporte coletivo.
J� em Curitiba, cerca de 500 pessoas que vivem em invas�es interditaram uma rodovia federal em Curitiba, em protesto por melhores condi��es de moradia. O grupo que faz parte do MPM (Movimento Popular por Moradia) queimou pneus e galhos na pista, e interrompeu o fluxo na BR-376, no Contorno Sul, por cerca de duas horas, entre 9h e 11h.
Protestos de militantes sem-terra e de servidores municipais em greve tamb�m causaram grandes engarrafamentos em Salvador na manh� de hoje. O protesto, segundo o movimento, reuniu cerca de 3.000 pessoas, que vinham de uma marcha de 40 km entre Cama�ari (regi�o metropolitana) e a capital.
Em Manaus, ao menos 70 mil pessoas foram afetadas por uma paralisa��o de tr�s horas de motoristas do transporte p�blico. Dois �nibus foram apedrejados por usu�rios revoltados com a interrup��o do tr�fego, e dois motoristas envolvidos na a��o acabaram presos.
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