Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Vaivém das Commodities

Estoques de soja caem ainda mais nos Estados Unidos

Volume em final de safra será suficiente para apenas 14 dias de consumo; safras brasileira e argentina ganham importância

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Os Estados Unidos reduziram ainda mais os estoques finais de soja do país. Após vendas aceleradas para a China, a exemplo do que ocorreu com o Brasil, os americanos vão terminar a safra 2020/21 com apenas 4,8 milhões de toneladas de soja nos armazéns.

É um dos menores estoques da história e o suficiente para apenas 14 dias de consumo, segundo cálculos da AgRural. Conforme dados divulgados na tarde desta quinta-feira (11), o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) prevê um consumo total de 123,4 milhões de toneladas no país. A produção foi de 113,5 milhões.

O órgão americano estima esmagamento interno de 59,7 milhões de toneladas e exportações de 59,9 milhões. Essa nova estimativa de queda nos estoques de soja dos Estados Unidos, segundo maior produtor mundial, faz o mercado internacional ficar ainda mais de olho no Brasil e na Argentina, primeiro e terceiro maiores produtores.

A América do Sul, contudo, não está isenta de eventuais problemas climáticos, principalmente devido aos efeitos da La Niña. No Brasil, já houve atraso no plantio de soja e replantio em algumas áreas.
A produção mundial nesta safra 2020/21 será de 362 milhões de toneladas, e o consumo mundial sobe para 370 milhões. A demanda chinesa continua aquecida, e o país importará 100 milhões de toneladas.

Os estoques mundiais, que eram suficientes para 98 dias de consumo no período 19/20, terminam a safra atual o bastante para apenas 85 dias. Qualquer redução de safra na América do Sul, os preços esquentam.

PIB do agro
O Produto Interno Bruto do agronegócio brasileiro cresceu 8,48% de janeiro a agosto, segundo cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, realizados em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

PIB do agro 2
Os destaques no período são os segmentos primário e de agrosserviços, segundo os pesquisadores do Cepea. A alta desse itens acumulam 23% e 7,3%, respectivamente, neste ano.

Cestas básicas
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) está comprando alimentos para a composição de 1,7 milhão de cestas de 22 quilos cada.

Cestas básicas 2
Esse alimento tem como destino 424,2 mil famílias de indígenas, quilombolas, extrativistas e pescadores. A distribuição será a partir de 11 de janeiro do próximo ano nas unidades estaduais de armazenamento da entidade.

Algodão
O impacto da Covid-19 foi forte neste ano, mas será menor do que se previa em 2021. Segundo o Usda, o consumo deste ano ficará 14% abaixo do que se estimava em fevereiro. Na China, a queda é de 12%, abaixo da média mundial, mas na Índia atinge 18%.

Algodão 2
Para a safra 2020/21, a previsão era de um consumo mundial de 27 milhões de toneladas, segundo o Usda. Com a melhora na atividade industrial em vários países nos últimos meses, o órgão espera um recuo de apenas 3% em 2021, em relação ao que se previa em fevereiro último.

Milho
​Esperava-se uma forte queda na produção chinesa, devido ao clima desfavorável. Os dados divulgados pelo governo, no entanto, apontam para 261 milhões de toneladas, o mesmo volume da safra anterior, segundo a Reuters.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.