Na Folha, foi editor de "Opini�o", da Primeira P�gina, editor-adjunto de "Mundo", secret�rio-assistente de Reda��o e produtor-executivo do "TV Folha", entre outras fun��es.
O golpe est� em marcha
As �ltimas estocadas da oposi��o provam estar em curso uma opera��o sistem�tica para derrubar a presidente Dilma.
Relembrando fatos. A investida desesperada �s v�speras da elei��o para incriminar Lula e a ent�o candidata. N�o deu certo. Recontem-se os votos, decretaram os derrotados. Parece piada, mas isso aconteceu. Tamb�m fracassou, tal qual a pecha de estelionato eleitoral! (Algu�m esqueceu da desvaloriza��o brutal da moeda em 1999?)
A essa altura, as acusa��es de roubalheira da Petrobras embaladas pela compra de uma refinaria pareciam cair do c�u para um impeachment. Fiasco, at� porque o neg�cio foi recomendado pelo Citibank e avalizado por um conselho composto de rica�os: Jorge Gerdau, Cl�udio Haddad, F�bio Barbosa etc.
A hist�ria azedou ainda mais quando o executivo petroleiro Pedro Barusco contou que a corrup��o estatal avan�ou no governo do PSDB, turbinada por uma lei que aboliu licita��es. Detalhe: Barusco prometeu devolver centenas de milh�es de d�lares depositados no exterior. Mas a grana n�o era para o PT? Como estava na conta pessoal dele? Bem, isso n�o vem ao caso.
A� surgiu a novela das pedaladas fiscais. Novo fracasso. Todos que conhecem a pol�tica mesmo superficialmente sabem que o Tribunal de Contas da Uni�o � um almoxarifado para acomodar pol�ticos decadentes, uma esp�cie de pr�mio de consola��o para sabujos fi�is ""a favor ou contra, tanto faz. A coisa ficou mais inc�moda quando descobriram que as pedaladas come�aram na administra��o Fernando Henrique Cardoso.
Bem, sempre tem o pessoal do Moro e sua equipe de dela��es. Incr�vel: o Brasil � o �nico lugar teoricamente democr�tico em que candidatos a r�us s�o informados de crimes pelo jornal, TV ou internet. O conte�do, ent�o, � de espantar.
"O doleiro [Alberto Youssef] n�o identifica com precis�o a pessoa que o teria procurado para pedir ajuda, e deixa claro que n�o participou da campanha da presidente [...] Se n�o me engano, o pai dele tinha uma empreiteira. N�o consigo lembrar do nome da empreiteira [...] O doleiro afirmou n�o saber se Felipe (acusado de ser o intermedi�rio) buscou outros operadores. Questionado sobre o valor do dinheiro a ser internalizado, o doleiro respondeu: 'Acho que era em torno de R$ 20 milh�es'". (FSP, 03/07, P�g. A4)
Tal depoimento, como se percebe robusto, cheio de evid�ncias, em que o acusador ignora o nome do interlocutor, desconhece para quem ele trabalha e sequer sabe o valor exato da propina –tal depoimento est� no processo que serviu de base para o PSDB pedir a cassa��o de Dilma!
Para completar a mistifica��o, aparece a entrevista do delegado geral da Pol�cia Federal ao "Estado de S. Paulo". Somos informados que na democracia da jabuticaba existem quatro poderes: o Executivo, o Legislativo, o Judici�rio e a...Pol�cia Federal. "O ministro da Justi�a n�o � o seu chefe?", perguntam as rep�rteres. Resposta: "O ministro da Justi�a � o respons�vel pela PF, mas na esfera administrativa. As a��es da PF na esfera de investiga��o s�o feitas no limite da lei".
Pelo jeito, a mesma lei que muda vota��es na C�mara ao sabor de um presidente que dispensa coment�rios; deixa impunes sonegadores gra�dos da Receita; fornece habeas corpus a banqueiros selecionados; prende antes de julgar e vem transformando o Supremo Tribunal Federal num �rg�o t�o decisivo quanto cerim�nias de ch� na Academia Brasileira de Letras.
E o governo, o ministro da Justi�a, n�o t�m nada a dizer antes que seja tarde?
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