Rep�rter da Sucursal de Bras�lia, foi correspondente em Belo Horizonte e S�o Lu�s. Formou-se em jornalismo pela PUC-MG.
Com p�ssima popularidade, Temer se ampara em apoio com prazo de validade
Paulo Whitaker/Reuters | ||
Boneco do presidente Michel Temer caracterizado como vampiro, durante protesto em Fortaleza, Cear� |
Para um presidente que diz acreditar n�o ter cometido nem um m�sero erro em sua gest�o, apenas "corajosos" e "ousados" acertos, � devastador o cen�rio aferido pelo Datafolha nas ruas do pa�s.
Prestes a completar um ano no comando do governo, Michel Temer desponta como uma Geni da pol�tica seja l� qual for o �ngulo escolhido.
Como suposto candidato a outro mandato, tem 2%, em empate t�cnico com not�veis como Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL), e perto do "1% vagabundo", como canta Wesley Safad�o -� diferen�a de que, nesse caso, ningu�m parece gostar. As reformas com as quais pretende impulsionar a economia s�o mal avaliadas. E o �ndice de insatisfa��o com seu governo � pr�ximo aos de Collor (1992) e Dilma (2016) quando ambos estavam na imin�ncia de perder o mandato.
A diferen�a � que Temer conta, por ora, com o amparo do Congresso, ele tamb�m em maus len��is —58% dos eleitores acham ruim ou p�ssima a atua��o de deputados e senadores, pior n�mero da hist�ria.
Mas esse apoio, sustentado pelos contr�rios � volta da centro-esquerda ao poder, tem prazo de validade. Falta menos de um ano e meio para as elei��es de presidente, governadores, Senado, C�mara e Assembleias, uma disputa cuja largada pra valer se dar� nos pr�ximos meses.
� antiga a hist�ria de que pol�ticos ficam ao lado de colegas ca�dos em desgra�a at� a beira do precip�cio, mas nunca pulam junto no abismo. Se Temer propaga desapego � popularidade, fala por si s�.
As principais esperan�as para segurar de p� a pinguela —como Fernando Henrique Cardoso definiu a atual gest�o— s�o aprovar as reformas e esperar uma poss�vel retomada c�clica da economia. Al�m de cometer acertos ousados e corajosos mais na pr�tica do que na ret�rica.
As recentes rebeli�es de aliados na C�mara, algumas revertidas na base da amea�a, mostram que o cron�metro amea�a perigosamente a estabilidade da pinguela palaciana.
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