Rep�rter da Sucursal de Bras�lia, foi correspondente em Belo Horizonte e S�o Lu�s. Formou-se em jornalismo pela PUC-MG.
Choca saber que Temer 'satanista' influenciou estrat�gia de campanha
Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O presidente da Rep�blica, Michel Temer (PMDB) |
BRAS�LIA - S� faltava mesmo o Tinhoso para completar a hist�ria.
Uma torrente de dela��es devasta sem d� partidos de A a Z, pol�ticos que encheriam Sodoma e Gomorra derretem sob o fogo da Lava Jato —logo, nada mais natural que o Capiroto esteja metido na coisa.
Marqueteiro de Lula e Dilma, o agora delator Jo�o Santana diz que escondeu Michel Temer na campanha de 2014 porque pesquisas internas apontavam queda nas inten��es de voto quando o ent�o candidato a vice na chapa do PT dava as caras.
O motivo? A liga��o da imagem de Temer com o "satanismo" —o que, teria dito o marqueteiro, deriva de supostos escritos do s�culo 17.
Salvo um mirabolante desmentido hist�rico, e talvez b�blico, a lorota relacionada ao hoje presidente surgiu com algum destaque nas elei��es de 2010, quando ele figurou pela primeira vez na chapa de Dilma.
Tratada com ares de reportagem em sites evang�licos e em p�ginas de desocupados, a d�vida sobre Temer ser mesmo um adorador das trevas levou a campanha do PT e o candidato a vice a tentarem minimizar o estrago causado na ala de desmiolados impactada pela "not�cia".
E, a se fiar nas palavras de Santana, essa ala existe, � numerosa e possivelmente advogue raspar a cabe�a do presidente em busca do n�mero da Besta. O abalo � imagem do peemedebista perdura at� hoje. Desde ent�o, Temer tem tentado refor�ar a f� crist� que diz professar.
No discurso de posse em 2016, por�m, ele teve um acesso de tosse e mudou o tom de voz justamente quando pronunciava a palavra "encomendados". Produziram-se v�deos de rolar de rir, com m�sica t�trica ao fundo e a indica��o de que ali era poss�vel ouvir o Anticristo encomendando a alma dos desavisados.
Muito mais sem gra�a que isso � constatar que um disparate que deveria habitar t�o somente o campo do humor seja levado a s�rio a ponto de influenciar estrat�gias de uma campanha presidencial.
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