Grandes empresários tentam convencer o governo Lula a permitir que suas butiques de investimento administrem o dinheiro do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil).
A gestora de ativos de Abilio Diniz e o grupo Pravaler, de Oliver Mizne, sinalizaram interesse, afirmam pessoas ligadas ao grupo de trabalho comandado pelo Ministério da Educação para definir as novas regras do programa voltado ao ensino superior.
Alas do governo na pasta afirmam que não há chances desse pleito prosperar diante do volume de recursos administrados e da abrangência nacional do programa.
Segundo relatos no governo, grupos de educação esperam que o governo avalie a abertura da gestão financeira do Fies para a iniciativa privada como forma de impulsionar o programa.
A intenção é parecida com o dos bancos privados, que sempre tentam quebrar o monopólio da Caixa Econômica Federal na gestão do FGTS. A Caixa também é o agente operador do Fies.
Abilio já foi acionista da rede Anima, organização educacional privada de ensino superior, dona da Universidade São Judas Tadeu e Anhembi-Morumbi. À época, chegou a ter 6% da empresa. A Península é a gestora que cuida dos investimentos do empresário e de sua família.
Mizne, co-fundador da Geo Capital, criou a Pravaler, que oferece crédito para estudantes financiarem o curso superior.
Nenhum deles, contudo, formalizou proposta até o momento.
Consultada, a Pravaler disse que, no mês passado, Beto Dantas, COO da companhia apresentou ao MEC dados de sua plataforma e negócio. A companhia se colocou à disposição para colaborar com insights e análises que possam melhorar o Fies.
A Península, gestora da família Diniz, negou o interesse.
Com Diego Felix
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