Com os cargos de primeiro escalão praticamente definidos (só falta o anúncio), esquentou a disputa pelas secretarias executivas –o posto 2 dos ministérios. Para Minas e Energia, o nome que circula é o de Efrain Pereira.
Empresários do setor apontam o ex-diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) como defensor de uma empresa do ramo, a Âmbar, que pertence ao grupo J&F, dos irmãos Batista.
No caso, a agência permitiu que ela fornecesse energia por meio de uma usina já existente no lugar de outras com cronograma de construção atrasado.
A decisão foi posteriormente questionada pelo ministro Adolfo Sachsida, pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e por entidades de defesa do consumidor.
Pelas regras do leilão –do qual a Âmbar participou–, as 17 usinas que venceram o certame deveriam entrar em funcionamento em 1º de maio. Caso contrário, receberiam multa pelo atraso e, se não fossem ativadas até o final de julho, perderiam o contrato.
A Aneel, no entanto, abriu uma exceção e permitiu que, enquanto as térmicas atrasadas não operassem, a energia fosse fornecida pela térmica Mário Covas, de Cuiabá, que também pertence à Âmbar.
Consultado, Efrain Pereira disse que não recebeu nenhum convite para o cargo no MME. "Hoje meu foco é no mercado. Eu não posso nem falar se eu recusaria ou não", afirmou.
Procurada pelo Painel S.A., a J&F, controladora da Âmbar Energia, não quis comentar.
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