A Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), umas das companhias subsidiárias da Eletrobras, sofreu na última semana nova derrota judicial em disputa com empresas de energia eólica do Rio Grande do Norte.
Onze geradoras processaram a Chesf para cobrar prejuízos registrados devido ao atraso na conclusão da linha de transmissão 230 kV Extremoz II - João Câmara (RN).
Na sexta (21), a Quinta Turma Cível do TJ-DFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) julgou novamente recursos e manteve a sentença que condenou a Chesf a indenizar os prejuízos.
Quando o processo começou, em 2014, as empresas disseram ter gasto R$ 194 milhões com a compra de energia. Como tinham um contrato de fornecimento com a Cemig e não puderam entregar ante o atraso das obras, precisaram comprar essa energia.
Segundo os comunicados encaminhados por Chesf e Eletrobras aos acionistas e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na sexta, o valor atualizado até 30 de junho está em R$ 558 milhões.
O processo está classificado com "risco de perda possível". Nos comunicados, Eletrobras e Chesf dizem que estão analisando a decisão e suas consequências e afirma ser "certo que irá apresentar os recursos cabíveis junto ao poder judiciário."
Joana Cunha com Fernanda Brigatti, Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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