O avanço do surto da gripe, que vem afetando a operação de bares e restaurantes nos últimos dias, levou o empresário Arlindo Guimarães, das casas Manjar das Garças, Pizza do Macaco e cervejaria Amazon Beer, em Belém, a fechar as portas por alguns dias devido ao alto número de funcionários dispensados.
"Na semana passada, eu fechei segunda, terça e sábado por causa da H3N2. Não tive condições de abrir. Só o chef de cozinha não pegou a gripe", afirma Guimarães.
Para o empresário, que atua há décadas no ramo, esse é o maior episódio de impacto de influenza sobre a equipe, e é pesado porque chega depois de um período já conturbado nos negócios pelo coronavírus.
A situação preocupa o setor, segundo Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação que reúne os estabelecimentos), que diz ter percebido um aumento no volume de relatos de empresários com mais de cinco funcionários com atestado médico ao mesmo tempo, desfalcando o atendimento.
No Espírito Santo, Rodrigo Vervloet, proprietário do Ensaio Botequim, afirma que metade da sua equipe de 30 pessoas já pegou a gripe. Em um único dia, ele teve oito funcionários afastados e precisou chamar freelancers para conseguir abrir o restaurante e atender os clientes. "O problema é que, até aparecerem os sintomas, o funcionário infectado já transmitiu", diz.
com Ana Paula Branco
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