Às vésperas de completar um ano do assassinato de João Alberto Silveira Freitas espancado por seguranças no estacionamento do Carrefour, a empresa realizou um evento nesta quarta-feira (10) para falar de combate ao racismo e das ações que vem implementando desde a tragédia.
Em junho, o Carrefour assinou com a Justiça um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), de R$ 115 milhões, em que se comprometeu a promover uma série de medidas, como o estabelecimento de um plano antirracista e tolerância zero com práticas discriminatórias.
Segundo Cristiane Lacerda, diretora de cultura e desenvolvimento de talentos do Grupo Carrefour Brasil, neste último ano, a companhia elevou o rigor com as políticas, protocolos e processos das ações ligadas a discriminação racial.
Ela afirma que cerca de 40 mil funcionários passaram por treinamento e letramento racial e que a empresa investiu na aceleração de carreira de profissionais negros, além de outros programas de qualificação e empreendedorismo.
O objetivo, de acordo com Lacerda, é reforçar o compromisso da rede em combater o racismo estrutural no Brasil. Do evento participaram alguns dos membros do comitê externo independente que orientaram as medidas tomadas pela gigante do varejo.
Segundo a executiva, mais de 10 mil pessoas negras foram contratadas neste ano no grupo. O TAC menciona a contratação de pelo menos 30 mil em três anos.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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