Apesar do dólar valorizado e da crise desencadeada pela pandemia em vários setores, a demanda por painéis solares no Brasil se mantém alta. Dados do governo sobre a importação de módulos ou painéis mostram que de janeiro a novembro de 2020, o país importou 22,5 milhões de placas, 7,1 milhões a mais do que no mesmo período do ano anterior.
Informações da consultoria Greener corroboram os números ao mostrarem que no acumulado de janeiro até novembro de 2020, o país importou 4,37 GWp de potência em módulos fotovoltaicos, enquanto em todo o ano de 2019 a compra de equipamentos de fora chegou a 4,1GWp.
Segundo a Greener, os preços médios na maioria das tecnologias apresentam elevação, e a tendência deverá se acentuar no primeiro trimestre de 2021. A consultoria afirma que um dos motivos que deve pressionar o valor dos produtos é o preço do frete internacional. 98% das placas são compradas da China.
Conforme informou a coluna, o frete de contêineres no trecho Brasil-China, que girava em torno de US$ 2.500 (R$ 12,9 mil) antes da pandemia, quadruplicou e superou US$ 10 mil (R$ 51,9 mil) em dezembro no Norte do país, segundo dados da empresa de transporte ES Logistics. No porto de Santos (SP), o valor gira em torno de US$ 7.300 (R$ 37,8 mil), com perspectiva de ultrapassar cinco dígitos em janeiro.
Paula Soprana (interina), com Arthur Cagliari
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