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Rui Costa irrita aliados ao indicar participação tímida na eleição de Salvador

Declaração gerou reações de aliados de Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato à prefeitura de Salvador com o apoio do PT

Salvador

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), sinalizou que terá uma atuação tímida na campanha em Salvador e irritou aliados do vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que disputa a prefeitura com o apoio do PT.

Em entrevista nesta terça-feira (2), em Salvador, o ministro afirmou que não vai conseguir se engajar de forma mais ativa nesta eleição: "Eu pretendo ter uma presença nas campanhas muito com vídeo, com foto, porque não vai dar tempo. Eu não vou conseguir sair de lá [de Brasília] para ter presença aqui."

Rui Costa veste camisa branca e está rodeado de celulares de repórteres
Rui Costa, ministro da Casa Civil, no cortejo do 2 de Julho em Salvador - Wagner Lopes / Casa Civil

A declaração gerou reações de aliados de Geraldo, que avaliam que o ministro deveria ser mais cauteloso com as palavras. Em público, o porta-voz das insatisfações foi Geddel Vieira Lima (MDB), ex-ministro de Lula e Michel Temer.

"É um direito de todo cidadão participar ou não das campanhas políticas. Agora, quando um político na ativa diz que não vai participar da campanha de um companheiro por falta de tempo, abre brecha para, no futuro, políticos e partidos dizerem que não terão tempo de participar da campanha desse político, no caso específico do ministro", afirmou ao site Política Livre.

Procurado pela Folha, Geddel reiterou as declarações e afirmou que não tinha mais nada a acrescentar.

Lúcio Vieira Lima (MDB), irmão de Geddel e presidente de honra do MDB da Bahia, buscou contemporizar as declarações de Rui e disse que o ministro pode atuar na campanha de outras maneiras? "Ele não precisa caminhar pelas ruas de Salvador para ajudar Geraldo."

O ministro da Casa Civil deixou o governo da Bahia em 2022 com popularidade alta, mas pesquisas apontam que o presidente Lula e o ex-prefeito ACM Neto são os principais cabos-eleitorais em Salvador.

Ao longo do ano passado, Rui Costa articulou nos bastidores a pré-candidatura do ex-vereador José Trindade (PSB). Mas, isolado dentro do PT, viu seu aliado desistir da disputa na capital baiana.

Prevaleceu na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) a tese defendida pelo senador Jaques Wagner, principal articulador político da candidatura de Geraldo Júnior (MDB). Desde então, aliados de Rui demonstram pouco entusiasmo pela candidatura do vice-governador.

Entre os aliados de Wagner, o afastamento de Rui da campanha foi visto como algo positivo. Em 2022, houve divergências entre ambos na condução da campanha de Jerônimo.

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