O ministro Carlos Lupi (Previdência Social) afirma ser possível dobrar para R$ 12 bilhões a receita obtida hoje com o valor pago por instituições financeiras para ter o direito de administrar a folha de pagamento dos benefícios concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
No ano passado, 19 instituições, entre bancos públicos e privados, cooperativas e financeiras, pagaram um total de R$ 6 bilhões ao Tesouro para ter direito de fazer os pagamentos de benefícios do INSS. O próximo leilão será realizado neste ano e abrangerá os benefícios que forem concedidos entre janeiro de 2025 e dezembro de 2029.
Lupi defende reajustar o valor levando em consideração a lógica da folha de pagamento. "A quantidade de clientes que os bancos acessam através do pagamento da folha e os negócios gerados em produtos bancários são muito maiores que os valores ressarcidos à União."
"O jurídico está analisando como pode ser feito esse reajuste, mas, imaginando de forma pessimista, eu dobro esse valor. Então se hoje a receita é de R$ 6 bilhões, a gente consegue R$ 12 bilhões."
Ele compara com o R$ 1,7 bilhão arrecadado pelo estado do Rio de Janeiro com a venda da folha de pagamento de seus 456 mil servidores —conta que considera ativos, inativos e pensionistas. "É claro que os valores de salário são maiores, a média do Rio deve ser R$ 3.000, nossa média é R$ 1.700, mas são 40 milhões de pessoas. Como eu não posso rever R$ 6 bilhões?", questiona.
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