O Detran de São Paulo estima que a extinção do uso de papel representou, desde 2023, economia de quase R$ 1,5 milhão de recursos públicos em locação e manutenção de espaços.
Foram mais de 280 mil caixas de documentos eliminados após a digitalização até janeiro deste ano. Enfileiradas, elas somam aproximadamente 40 km, ou quase dez voltas no circuito do autódromo de Interlagos.
A "despapelização" resultou ainda na devolução de oito galpões locados para o armazenamento dos documentos, além da desocupação de 800 m² na sede da autarquia, no centro da capital. Outro efeito é que o volume de papéis enviados pelo órgão via Correios foi quase 10% menor em 2023 em relação ao ano anterior.
Segundo o governo do estado, o processo de digitalização é parte de um pacote de medidas administrativas que inclui a eliminação de estoques de almofadas e tintas de carimbo, livros-arquivos, pneus antigos e até pacotes de café e açúcar com validade expirada. Isso permitiu a devolução de um galpão na Mooca, zona leste da capital, que tinha custo mensal de cerca de R$ 25 mil.
Houve ainda a organização de um sistema de compras, para condensar num único edital a cotação e aquisição de um mesmo item, além de controle de frequência dos servidores para um sistema eletrônico.
Está em curso a estruturação de um projeto, a ser custeado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), para a digitalização completa do órgão, com estimativa de investimentos superiores a R$ 20 milhões.
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