A gestão Ricardo Nunes (MDB) remanejou R$ 655 milhões para os serviços de limpeza urbana na cidade de São Paulo em meio aos alagamentos, vias bloqueadas, árvores caídas e milhares sem energia causados pelas fortes chuvas na cidade. A Secretaria da Fazenda diz que a medida, tomada na sexta-feira (12), não tem relação com a crise.
Os recursos foram retirados dos orçamentos de diversas outras áreas da Prefeitura de São Paulo, como esporte, subprefeituras, infraestrutura, mobilidade, meio ambiente, saúde e cultura, e repassados para os serviços divisíveis de limpeza urbana (coleta, transporte e tratamento de lixo).
Somente em serviços de engenharia de tráfego, por exemplo, foram retirados R$ 100 milhões. De fomento ao esporte, outros R$ 36,5 milhões.
Na sexta-feira (12), a cidade de São Paulo entrou pelo quinto dia consecutivo em estado de atenção para alagamentos. Na quarta (10), a chuva provocou caos na cidade. Por volta das 22h30, eram 19 pontos de alagamentos, sendo 17 deles intransitáveis.
O prefeito afirmou que as mudanças climáticas pioram os alagamentos e disse que, se a gestão não tivesse se preparado com ações e investimentos, a situação vivida nos últimos dias teria sido muito pior.
O remanejamento de recursos chama a atenção por ocorrer menos de um mês após a Câmara Municipal de São Paulo ter aprovado o orçamento enviado pela gestão municipal.
Em nota, a Secretaria do Tesouro afirma que a realocação é "uma ação comum no decorrer da execução orçamentária, sendo realizada de forma planejada com aprovação da Junta Orçamentário Financeira do município" e que "não haverá prejuízo aos demais programas municipais, que serão suplementados".
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