Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, o deputado Sanderson (PL-RS) afirmou que as declarações do presidente Lula (PT) em defesa do fechamento de clubes de tiro do país são "um projeto de vingança" e não estão baseadas em dados técnicos para se tornar uma política de governo.
"Ele não conhece o segmento e foi pressionado pela militância do PT, pela esquerda, a acabar com os clubes de tiro", disse o parlamentar, que foi atleta de tiro e é ex-policial federal. "Vemos que é uma medida vingativa, de ideologia, raivosa, e não dá para ter tolerância com isso", complementou.
O deputado afirma que, na volta do recesso parlamentar, vai intensificar esforços para derrubar o decreto editado na última sexta-feira (21) que cria restrições ao acesso a armas no país.
"Já tem um projeto de decreto legislativo. Nós vamos trabalhar com todas as forças para que, pelo menos na Câmara, esse decreto do Lula seja revogado, nem que seja revogado parcialmente, nos artigos que nós achamos que são muito ruins."
Sanderson, que diz que nunca sairia em defesa de algo que fosse insano, afirma que o governo pega alguns casos isolados que cometem crimes e coloca "num mesmo pacote, classificando os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) como bandidos".
Ele também diz que qualquer projeto que busque acabar com os CACs não tem chance de prosperar no Congresso. Como mostrou o Painel, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), quer apresentar um projeto para banir os clubes de tiro e os registros de CACs.
"Chance zero. O PT confunde aquela base que ele teve na reforma tributária. É o quórum do [presidente da Câmara, Arthur] Lira, não tem nada a ver com o PT. A chance de eles passarem esses projetos é zero. Eles não têm mais do que 120 votos. Até bancadas que hoje estão na base do governo votam contra."
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