O vereador Rubinho Nunes (União Brasil-SP) decidiu apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, posicionamento que gerou reprovação interna no MBL (Movimento Brasil Livre), que defende o voto nulo no segundo turno. Diante da divergência, Rubinho deixou o MBL.
Lideranças do MBL têm argumentado que os projetos de Bolsonaro e Lula são autoritários e corruptos e não merecem o apoio do grupo. O vereador defende o voto crítico no atual presidente.
"A decisão de saída foi consensual e madura, em razão do distanciamento que nós acabamos tendo por conta de visões de estratégia política. Tenho uma visão pragmática e extremamente contrária ao PT. Isso acabou afastando as partes, então decidimos lutar a mesma guerra, mas em trincheiras diferentes", diz Rubinho ao Painel.
Ele afirma que concorrerá à reeleição para a Câmara Municipal de São Paulo em 2024. Em agosto, ele desistiu de tentar o cargo de deputado federal.
Em nota, o MBL disse que continuará no mesmo lado do vereador, mas que talvez ambos já não comunguem da mesma visão a respeito dos meios para atingir o destino.
Como mostrou o Painel, o MBL teve resultado considerado frustrante ao eleger somente Kim Kataguiri, deputado federal, e Guto Zacarias, estadual, ambos do União Brasil. Outras campanhas nas quais apostavam, como as de Cristiano Beraldo e Amanda Vettorazzo, pelo mesmo partido, não tiveram sucesso.
Diante disso, o movimento passou a discutir com mais dedicação a possibilidade de usar o fundo eleitoral.
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