O ex-chanceler Celso Amorim, principal conselheiro de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em política externa, diz que a inclusão do ex-presidente em uma lista do governo da Ucrânia de "oradores que promovem narrativas de propaganda russa" não tem importância e faz parte de uma guerra de narrativas.
"Não tem nenhuma importância. O presidente [Lula] tem condenado sempre a invasão da Ucrânia pela Rússia, agora a gente tem que reconhecer um conjunto de circunstâncias, sobretudo se a gente quer uma solução", diz Amorim ao Painel.
"Não adianta ficar só na condenação. A gente que entender como resolver o problema. Nesse ponto estamos como o papa Francisco, queremos a paz. O importante é isso, a urgência da paz", conclui.
A acusação a Lula foi publicada no site do Centro para Contenção de Desinformação, uma entidade criada pelo presidente Volodimir Zelenski no ano passado que integra a guerra informativa entre Rússia e Ucrânia pela ótica do que Kiev considera fake news e manipulações do Kremlin.
Lula está lá por dois motivos, segundo o centro: disse que a Rússia deveria liderar uma nova ordem mundial e que Zelenski é tão culpado pela guerra quanto o presidente russo, Vladimir Putin. Não há registro sobre o petista ter dito a primeira assertiva.
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