A CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), uma das maiores centrais sindicais do país, decidiu não participar do ato unificado de 1º de Maio, que, como mostrou o Painel, será realizado na praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, em São Paulo.
CUT, Força Sindical, UGT e CTB, que também compõem o grupo das maiores centrais, manifestaram apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A CSB, comandada por Antonio Neto, presidente municipal do PDT-SP, decidiu apoiar o chamado "Projeto Nacional de Desenvolvimento", que é defendido por Ciro Gomes (PDT-CE).
A direção da CSB decidiu realizar um ato próprio em Itatiba, no interior de São Paulo.
Em nota, Neto indica que vê falta de solidariedade e de igualdade na relação com as demais centrais sindicais e diz que fatos recentes geraram desgastes na unidade entre elas.
Ele faz referência às vaias direcionadas a Paulinho da Força, presidente do Solidariedade e líder da Força Sindical, durante evento com Lula e sindicalistas na sexta-feira (15). Elas teriam partido de membros da CUT e do PT, em referência ao apoio do dirigente ao impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Nessa interlocução entre as centrais, afirma o pedetista, a "busca pelo protagonismo faz com que projetos comuns sejam deixados de lado e antecipados de forma desordenada, além de que, muitas vezes, induz militantes a posturas agressivas de hostilidades, como ocorridas recentemente, que podem chegar a via de fato contra companheiros de outras centrais, o que gera ainda mais tensão no ambiente unitário tão desejado."
Em nome da unidade das centrais, afirma Neto, a igualdade entre elas "deve se refletir na ocupação de espaços, posições políticas, dimensionamento de importância e outros fatores que contribuem para construção de um ambiente mais igual e democrático."
Neto completa a nota afirmando que, para além de derrotar Jair Bolsonaro (PL) "e seu governo neoliberal", é necessário "colocar em debate com a sociedade a mudança do modelo econômico, político e social."
"O Brasil precisa se reencontrar por meio de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, que una os trabalhadores e os setores produtivos em nome do desenvolvimento nacional, do emprego digno e do combate às desigualdades", conclui.
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