O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo afirmou a interlocutores ser um ardoroso defensor da liberdade da manifestação artística e de expressão.

Ele confessou que revogaria a decisão caso o PL não tivesse desistido da ação contra o festival de música Lollapalooza e ainda disse ter sido induzido ao erro pelo partido.

No domingo (27), Araújo classificou como propaganda eleitoral manifestações políticas das cantoras Pabllo Vittar e Marina no Lollapalooza em resposta a uma ação protocolada pelo partido do presidente Jair Bolsonaro.

Na segunda-feira (28), arquivou a ação protocolada pelo PL. Trata-se de um despacho formal, já que a própria legenda desistiu da ação.

Na sua manifestação, no entanto, o ministro fez questão de declarar ser um defensor da liberdade.

"Ressalto que a decisão anterior foi tomada com base na compreensão de que a organização do evento promovia propaganda política ostensiva estimulando os artistas - e não os artistas, individualmente, os quais têm garantida, pela Constituição Federal, a ampla liberdade de expressão", escreveu.