O comportamento de influenciadores digitais e outros apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em relação ao ataque à Ucrânia pela Rússia foi marcado por incerteza a respeito das decisões de Vladimir Putin e por críticas ao presidente dos EUA, Joe Biden, e à Otan, segundo monitoramento da Dapp/FGV (Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas).
Segundo o levantamento, o conflito mobilizou mais de 2 milhões de postagens em duas semanas, em sua maioria com reprovação a Putin e temor em relação às consequências.
Entre os bolsonaristas, as interações se concentraram em repercutir as postagens do governo federal sobre providências em relação aos brasileiros na Ucrânia e a criticar líderes mundiais como Biden e Xi Jinping, sem se posicionar abertamente sobre o conflito.
A pesquisa identificou pouca participação de políticos de esquerda no debate, que foi dominado por celebridades, usuários comuns e canais de entretenimento.
No mapa traçado pelo estudo, a base bolsonarista representou 12,62% dos perfis e respondeu por 20,22% das interações. Canais de mídia tradicionais e alternativos e jornalistas representaram 14,10% dos perfis tratando do tema e responderam por 16,30% das interações.
A fatia de divulgação científica e de canais de entretenimento, com destaque para o Choquei (voltado especialmente ao Big Brother Brasil), foi de 9,18% dos perfis, que participaram de 10,02% das interações.
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