A promotora Carla Maria Altavista Mapelli, do Ministério Público de São Paulo, recomendou a suspensão da nomeação do perito criminal Samuel Alves de Melo Neto, 55, para chefiar o IC (Instituto de Criminalística) do estado, considerado o mais importante do país.
Como mostrou a Folha, Melo Neto foi condenado em segunda instância pela Justiça paulista sob a acusação de participar de esquema criminoso de investigações ilegais.
Ele ainda recorre da decisão no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Melo Neto chegou a ser demitido da polícia em 2014, mas conseguiu permanecer no cargo por força de liminar e reverteu a decisão no Tribunal de Justiça em 2019.
No mesmo acórdão, o TJ também reduziu a pena dele de cinco anos e nove meses de reclusão em regime semiaberto para três anos e dez meses de reclusão em regime aberto –pena substituída por duas medidas restritivas de direitos (não definidas na decisão).
A manifestação do Ministério Público se deu em ação popular de autoria do deputado Arthur do Val (Patriota-SP) e do vereador Rubinho Nunes (PSL-SP), que argumentam que a escolha de Melo Neto fere os princípios da moralidade e da impessoalidade administrativas.
Eles pedem a anulação ou, em caráter liminar, a suspensão da nomeação.
A promotora considerou que os dois membros do MBL conseguiram demonstrar que há risco envolvido em aguardar a decisão da Justiça a respeito da anulação da nomeação e, nesse sentido, decidiu apoiar o pedido de suspensão dela.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.