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Editado por Guilherme Seto (interino), espaço traz notícias e bastidores da política. Com Catarina Scortecci e Danielle Brant

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Deputados veem vexame do PSB na PEC do voto impresso como parte da 'autorreforma' do partido

No PDT, histórico de defesa da pauta e deputados que estão de saída da sigla explicam o placar

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Para deputados do PSB ouvidos pelo Painel, a votação de terça-feira (10) na qual 11 parlamentares da sigla votaram a favor da PEC do voto impresso defendida por Jair Bolsonaro é uma fotografia do momento de transição atravessado pela legenda de esquerda. Dezessete pessebistas foram contra a PEC no plenário.

Na visão desses parlamentares, o PSB passou por um período de expansão relacionado ao projeto presidencial de Eduardo Campos (1965-2014) e atraiu para os seus quadros pessoas sem identidade com as propostas ideológicas do partido, na tentativa de construção de uma aliança abrangente.

Algumas dessas pessoas permaneceram no partido desde então e votaram com o governo federal na terça-feira, avaliam. Seria o caso, por exemplo, de Liziane Bayer (RS), deputada alinhada ao governo Jair Bolsonaro na maior parte de suas pautas e que apoiou a PEC na votação de terça-feira (10).

Os deputados consultados pelo Painel apontam, então, que o momento atual da sigla é o do que chamam de "autorreforma", uma guinada do partido em direção a suas raízes políticas.

A adesão de Flávio Dino (MA) e Marcelo Freixo (RJ), por exemplo, faz parte desse projeto, que tende a se afastar desses parlamentares alinhados ao governo federal e se aproximar de figuras representativas da oposição.

No PDT, 18 deputados votaram contra PEC, 6 foram a favor e Flávia Morais (GO) se ausentou. Por esse motivo, o partido recebeu críticas nas redes sociais.

Carlos Lupi, presidente do partido, lembra que o PDT é defensor histórico da pauta do voto auditável, desde a década de 1980 com Leonel Brizola.

Ele diz que a atual proposta do governo Bolsonaro era a de voltar à idade da pedra e conseguir um motivo para contestar uma eventual derrota nas eleições de 2022, e por isso o PDT se posicionou contra ela.

No entanto, afirma, ele não pode condenar aliados que preferiram apoiar a PEC para defender a pauta histórica da legenda.

Para além disso, Lupi lembra que há deputados que estão na Justiça para deixar o PDT. É o caso de Marlon Santos (RS), por exemplo, que deu seu voto em apoio à PEC.

Alex Santana (BA), Jesus Sérgio (AC), Subtenente Gonzaga (MG) e Silvia Cristina (RO), que votaram a favor da PEC do voto impresso, já sofreram processos discplinares no PDT por terem votado contra a orientação do partido e em apoio ao projeto de reforma da Previdência.

Eles foram suspensos por 90 dias em 2019 por decisão da Executiva Nacional.

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