Logo após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer pronunciamento em que criticou Jair Bolsonaro por sua atuação durante a pandemia, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente, pediu para que seus seguidores no aplicativo Telegram compartilhassem até viralizar uma imagem de seu pai com a mensagem "nossa arma é a vacina".
Bolsonaro criticou durante meses a Coronavac, o principal fármaco na imunização em curso no Brasil, fez pouco caso da importância da vacinação e segue defendendo remédios sem eficácia contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina e a ivermectina.
Em outubro de 2020, o presidente chegou a afirmar que não compraria "a vacina chinesa do Doria", em referência à origem do laborátorio que desenvolveu a Coronavac e à participação do governador de São Paulo João Doria (PSDB) na importação e na negociação para produção da Coronavac pelo Instituto Butantan.
Das 30 milhões de doses que o governo federal planeja distribuir até o fim de março, 23,3 milhões são Coronavac.
A Folha mostrou que o presidente recentemente deu início a uma retórica pró-vacina para tentar estancar perda de popularidade causada pelo aumento do número de mortes e pela tímida evolução na imunização da população contra o coronavírus.
"Quero avisar que semana que vem vou tomar minha vacina. E vou fazer propaganda da vacina. Todos tem que tomar. Quero pedir a vocês: não sigam nenhuma decisão imbecil do presidente da República. Tomem vacina", disse Lula em seu discurso nesta quarta-feira (10).
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