Um dos programas da campanha de TV de Celso Russomanno (Republicanos) tratará da cracolândia, tema preferencial dos candidatos nesse início da disputa pela Prefeitura de São Paulo.
O programa, gestado pelo publicitário Elsinho Mouco, terá três eixos: verdade, coragem e coração.
Sobre o primeiro, verdade, a ideia é a de não esconder o que acontece no local, diferentemente dos antecessores que, segundo avaliam, não mostram a realidade da vida no local, com tráfico de drogas em público e criminalidade desenfreada.
A coragem será a de enfrentar o problema sem temor em relação à resistência de organizações criminosas que atuam no local, com medidas firmes na segurança pública.
O coração, por fim, seria o reconhecimento de que os frequentadores e moradores da cracolândia são pessoas com histórico de problemas sociais e psicológicos e precisam de uma rede de assistência para ajudá-los a lidar com a drogadição.
Em 2016, durante debate eleitoral, Russomanno apresentou estratégia repressiva para tratar da cracolândia e propôs um cordão de isolamento, com revista de todos que entrassem e saíssem da cracolândia, e também a infiltração de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para obter informações de inteligência que pudessem levar à prisão de traficantes.
O olhar compassivo de Russomanno à cracolândia se integra ao bloco de concessões que os candidatos da direita têm feito em São Paulo para tentar obter apoios no centro ou mesmo entre progressistas, como mostrou o Painel.
Joice Hasselmann (PSL) critica a desigualdade nove vezes no seu plano de governo e menciona a “geografia da exclusão” na cidade. Arthur do Val (Patriota) diz que “o olhar social será prioritário, a despeito do largo preconceito que se espalha sobre os liberais”.
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