O diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza, vai apresentar na tarde desta quinta-feira (14) ao novo ministro da Justiça, André Mendonça, o relatório do inquérito da facada de Adélio Bispo em Jair Bolsonaro em 2018. A reunião está marcada para o início da tarde.
Cairo Duarte, chefe da PF de Minas, e o delegado Rodrigo Moraes, responsável pela investigação, estarão presentes. A reunião, segundo o ministério, é mais ampla, sobre planejamento da PF para o ano.
A investigação foi apelidada na PF de "mini Lava Jato", por seu detalhismo e extensão. A vida de Adélio foi virada do avesso: perfis na internet, movimentações financeiras, e nada indicou a existência de mandante.
O resultado da investigação desagrada Bolsonaro, que insiste na versão de que há outros envolvidos no ataque, ainda que não tenha provas que sustentem sua versão.
A única esperança de evolução no inquérito não está nas mãos da PF. O STF ainda precisa decidir se autoriza análises no celular do ex-advogado de Adélio, Zanone Júnior.
Após afirmações de bolsonaristas de que o advogado estava sendo pago por supostos mandantes, Zanone teve o celular apreendido. Nas análises iniciais que foram feitas no aparelho até que a Justiça determinasse a interrupção, nada também foi encontrado.
Em 2019, a PF também teve que apresentar o inquérito ao Ministério da Justiça.
Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.