Além da Pueri Domus, de São Paulo, outras escolas pelo país estão determinando quarentena para alunos que tenham viajado para países onde foram detectados casos de coronavírus.
O Positivo, por exemplo, mandou um comunicado solicitando que as famílias "não encaminhem os filhos durante o período de possível incubação do vírus".
"Esses alunos não serão prejudicados, já que enviaremos conteúdo didático e lista de exercício durante todo esse período", diz a instituição de ensino.
A medida contraria o Ministério da Saúde e é criticada por infectologistas, como David Uip, coordenador do Centro de Gestão do Coronavírus do Estado de São Paulo.
A Avenues, de São Paulo, mandou informativo aos pais no mesmo sentido.
"Solicitamos que as famílias que tiverem viajado a países impactados pelo vírus fiquem em quarentena por 14 dias após retornar ao Brasil", consta no comunidado.
A escola diz estar acompanhando informações das autoridades sanitárias e que suas decisões estão baseadas nessas e em outras fontes confiáveis.
"Sabemos que essa medida pode gerar inconvenientes para algumas famílias. No entanto, acreditamos que é importante agir com cautela para reduzir o risco à nossa comunidade".
No Maranhão, a Escola Crescimento pede aos pais que comuniquem imediatamente a direção caso familiar próximo ou aluno tenha viajado aos países com coronavírus e que "cumpra, no mínimo, 12 dias de observação, mesmo que não apresente sintomas".
Para o secretário de Vigilância do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, é lamentável.
“Parece que estamos na idade média, quando os países tinham os lazaretos. Fazer qualquer medida contra um país específico é, no mínimo, irracional, pois não vai impedir a introdução da doença caso a origem não esteja na orientação da escola.”
Lazaretos eram estabelecimentos que ficavam junto aos portos, aos quais se recolhiam viajantes procedentes de países onde havia epidemias ou doenças contagiosas.
O Colégio Objetivo afirma que está oferecendo todo o apoio pedagógico às famílias que optaram pelo afastamento temporário. Também diz que não exige a quarentena, mas que são apenas orientações, “que os pais estão recebendo com muita compreensão e colaboração”.
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