Destacado no Weibo e manchete de quinta no Renmin Ribao (Diário do Povo, abaixo) com duas fotos ao lado de Xi Jinping, o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, está passando a semana na China para oficializar que se trata agora de uma "parceria estratégica abrangente".
O foco é comercial. No título do Global Times, também do Partido Comunista, ele está "preparando o palco para a extensão do comércio". Nas palavras do próprio, "estamos chamando todos os países do Mercosul a participar das negociações para um acordo de livre comércio com a China".
O argentino Javier Milei ganhou menos atenção nos jornais chineses, até Xi escrever para ele na quinta, dizendo-se "pronto para trabalhar" juntos —e ouvir da futura chanceler, na manchete do portal Guancha, que seria "irracional cortar relações com a China e o Brasil".
Milei já falou ao telefone com Joe Biden, segundo a Bloomberg, e viaja na sexta aos EUA, segundo o Clarín, "por motivos pessoais".
NIGÉRIA E PAQUISTÃO NA FILA
No rastro da cúpula geopolítica do Brics organizada pela África do Sul, a Nigéria anunciou, em entrevista de seu chanceler à Bloomberg, que vai buscar nos próximos dois anos entrar para o grupo. O país quer ser "alinhado múltiplo", agora. "A Nigéria atingiu a maioridade para decidir por si mesma quem devem ser seus parceiros".
Também o Paquistão quer entrar no Brics até 2024, disse seu embaixador em Moscou, em entrevista à agência Tass —que ecoou por Dawn e outros paquistaneses, mas sobretudo por Times of India, Hindustan Times e outros indianos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É DA MICROSOFT
No fim da novela sobre a OpenAI no New York Times, "Inteligência artificial agora pertence aos capitalistas", com fotos do novo conselho —dois executivos do Vale do Silício e, ao centro, o ex-secretário de Bill Clinton e referência democrata Larry Summers.
É ele a imagem da vitória do "time capitalista" na disputa: "Summers é o Ur-capitalista, um economista que acredita que a mudança tecnológica é intrinsecamente um bem para a sociedade". Será "uma coisa boa, se você é a Microsoft", maior investidor na OpenAI.
"No coração da OpenAI está –ou estava– uma missão. Ela deveria desenvolver IA para servir à humanidade, não para ajudar a Microsoft a tomar fatia de mercado do Google."
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