Destaque em jornais como Al Riyadh e agências como Irna, o príncipe e primeiro-ministro saudita Mohammed bin Salman e o presidente iraniano Ebrahim Raisi conversaram durante 45 minutos. Foi a primeira vez após o acordo de sete meses atrás, mediado pela China.
Pelos relatos sauditas, MbS expressou sua "posição firme no apoio à causa palestina", rejeitando "atacar civis e ceifar vidas inocentes" e enfatizando "a necessidade de respeitar os princípios do direito humanitário internacional", diante da "gravidade das condições humanitárias na Faixa de Gaza".
Na versão iraniana, "os dois concordaram quanto à necessidade de acabar com os crimes de guerra contra a Palestina" e apontaram a "insegurança destrutiva" que eles provocam. Também "a unidade islâmica foi enfatizada".
O telefonema dos dois novos membros do grupo Brics repercutiu pela região, da Al Jazeera, do Qatar, à Anadolu Ajansi, da Turquia. Também no Renmin Ribao, o Diário do Povo, do PC chinês.
A notícia vem seguida de outras no Al Riyadh, sobre "mais de mil mártires", em "dias difíceis para Gaza, sem comida e sem combustível". Ou, no jornal palestino Al-Quds, de Jerusalém, "mídia em Gaza para de funcionar", sem combustível para geradores e sem internet.
O temor é que as equipes dos canais árabes de notícias, como a Al Jazeera, também se inviabilizem, o que "permitiria à ocupação cometer massacres sem exposição". Segundo o Al-Quds, "pelo menos sete jornalistas morreram na Faixa de Gaza" até o momento.
ÍNDIA FORA DO SUL GLOBAL
O primeiro-ministro indiano Narendra Modi não conversou com MbS, mas com o israelense Binyamin Netanyahu, dizendo: "Estamos com Israel". Agora, com indianos presos em Gaza à espera da "retaliação", segundo o canal NDTV, a cobertura retrata Modi buscando equilíbrio.
O Jagran, talvez o principal jornal, questiona se ele "conseguirá manter o apoio a Netanyahu em meio aos laços crescentes" com Arábia Saudita e Irã, especificamente, com contratos de bilhões em tecnologia e no desenvolvimento do porto de Chabahar.
E o canal de notícias ABP, citando "fontes de alto nível", salienta que "a Índia está 'consciente' de que não seguiu a linha adotada pelo Sul Global" em relação ao conflito, porém "também está preocupada com o destino dos palestinos".
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