Abrindo foto de Lula, o Wall Street Journal, principal jornal do conservador Rupert Murdoch, diz em editorial que o Brasil "enfrenta teste de democracia" e que "a denúncia quase universal dos desordeiros", por políticos de todas as vertentes, "é um sinal bem-vindo de resiliência democrática".
Já o principal apresentador da Fox News, também de Murdoch, Tucker Carlson (acima), apoiou os "manifestantes" (protestors), falando em "eleição fraudada" e que eles "sabem que sua democracia foi sequestrada, talvez para sempre". Agiram por "frustração" e "raiva".
"Mas não há muito que possam fazer", prossegue. "Lula pode ser um criminoso, de fato é, mas tem total apoio tanto do governo Biden quanto do governo chinês." Carlson rejeita a comparação com a invasão do Capitólio, dizendo que o problema é que Lula "eliminou as liberdades civis".
EXPORTANDO ÓDIO
Para Joe Scarborough, da pró-democrata MSNBC, "após 240 anos exportando democracia deste país, a democracia jeffersoniana para o mundo, agora, através de Trump, temos pessoas que apoiam o fascismo, o negacionismo eleitoral, o ódio aos tribunais. Isso é o que as pessoas no Brasil pegaram".
PÉSSIMO EXEMPLO
Na China, o Global Times, ligado ao Renmin Ribao (Diário do Povo), do PC, também publicou editorial, "Estados Unidos devem refletir profundamente sobre tumultos no Brasil", questionando a inspiração americana dos bolsonaristas.
Diz que Biden e os democratas agora buscam "usar politicamente" o episódio para atacar Trump e os republicanos, por interesses partidários internos. "Mas para o resto do mundo o surgimento de 'motins de Capitólio' é porque algo está errado com o sistema político, nos EUA como um todo."
Afirma que "grande parte do fenômeno de polarização política e do caos que ela causa vem dos EUA"; que "o que se manifesta [nos EUA] é inevitavelmente a polarização, que trouxe um péssimo exemplo para o mundo", como se vê no Brasil.
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